A Prefeitura de Santos anuncia medidas decisivas para manter a estabilidade nas tarifas do transporte público municipal. O subsídio mensal, destinado a congelar os preços, será ampliado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões neste ano. Com isso, a tarifa permanecerá inalterada em R$ 5,25, um valor que se mantém desde fevereiro do ano passado.
A atualização anual da tarifa segue o contrato de permissão com a Viação Piracicabana, responsável pelo serviço na cidade. Fatores como custos de combustível, lubrificantes, peças e folha de pagamento são considerados nesse processo. No entanto, o principal impacto na tarifa atualizada está relacionado à redução do número de passageiros pagantes, um reflexo direto da pandemia.
Desde 2015, a legislação municipal prevê o aporte público para custear parte da tarifa de transporte, uma prática adotada por diversas cidades do país. O objetivo é incentivar o uso do transporte público, garantindo qualidade e minimizando o impacto financeiro nos usuários.
Um estudo recente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) destaca os desafios enfrentados pelo transporte público em meio à pandemia. A queda na demanda de passageiros, que chegou a 80%, ainda não se recuperou totalmente, mesmo com a retomada gradual das atividades.
A expectativa é que a recuperação seja gradual, mas a demora nesse processo pode indicar uma mudança permanente nos padrões de mobilidade, influenciada pela crise econômica, aplicativos de mobilidade urbana e o aumento do trabalho remoto.
