Cena

Novo single de Cacá Vile fala sobre a fragilidade de um amor invencível

31/01/2025Isabela Marangoni
Alisson Louback

Com um ritmo envolvente e profundo, a nova balada romântica de Cacá Vile, ‘Aonde Foi Parar’, já está disponível em todas as plataformas digitais, assim como um lyric vídeo no YouTube. Trazendo uma melodia delicada e cheia de sentimento, o single tem versos que narram a luta para preservar um relacionamento que parecia inquebrável, mas acabou.

Em uma entrevista exclusiva para o Jornal da Orla, Cacá falou sobre o novo single, além dos próximos lançamentos para 2025. Confira:

Seu novo single, ‘Aonde Foi Parar’, chegou às plataformas nesta sexta. O que o público pode esperar dessa faixa?

Essa faixa é uma balada romântica, bem profunda, emotiva, que fala um pouco sobre a fragilidade do amor. Aquele amor que você achava que nunca ia acabar e, de repente, as coisas não caminham da maneira que você espera e acabam se perdendo. A canção conta um pouco disso, essa fragilidade do amor.

Eu trouxe um arranjo de cordas que não fazia há um tempo nas minhas músicas. Então, ela traz também um pouco de sofisticação, assim, nessa questão de arranjo. Ela é delicada e, ao mesmo tempo, forte, traz o arranjo, que vai crescendo. O vocal também acompanha esse crescimento no final. É uma música que traz essa força.

A letra é inspirada em algum acontecimento pessoal?

As músicas trazem muito do que a gente vivencia. Eu sempre escrevi muita coisa relacionada ao que eu vivi ou que outras pessoas próximas viveram. Essa, no caso, não aconteceu comigo recentemente, mas já aconteceu lá atrás. São coisas que todo mundo, em algum momento, já passou e que acontecem na vida, com namorados, com pessoas que casaram.

Quando eu escrevo, ainda mais agora, nesses últimos tempos, eu tenho procurado olhar muitas histórias que eu já ouvi, ou histórias que apareceram, ou mesmo de pessoas próximas, ou até de outras pessoas.

De você escutar uma história, ou de você ver, como a internet hoje é cheia de coisas, é importante a gente estar com esse olhar aberto para as histórias, as músicas têm que contar uma história que conecte as pessoas. Uma história de amor que não deu certo é uma história que muita gente passou. Essa, especificamente, não é uma coisa minha de agora, mas é uma coisa que muita gente viveu e que eu procurei trazer nesse contexto.

Você participou do processo de produção e gravação?

Sim. Essa música faz parte de nove canções que eu vim trazendo nos últimos dois anos. Sempre gostei de baladas e senti muita falta de uma enquanto estava compondo. Ela foi pensada para ser mais lenta, para trazer essa coisa do amor que não deu certo. Esse arranjo de cordas eu falei para o produtor que queria. Passei umas referências para ele de uma música da Adele, que eu gosto muito e tem arranjo de cordas e violão, e uma outra do Bruno Mars, que também tem um arranjo de cordas misturada com o violão. Sempre gosto de trazer referências de elementos que a gente tem na bagagem, mas de coisas que ouvimos também, mais atuais. Eu procuro estar escutando melodias novas para buscar referências e poder incorporar dentro da minha música.

Por que escolheu essa canção para ser o primeiro single?

A escolha de ‘Aonde Foi Parar’ para single foi mais porque meus últimos lançamentos foram um pouco mais para cima e eu estava querendo essa coisa da balada. Como temos cinco canções agora – tenho duas que são mais baladas, essa e mais uma. Foi uma escolha pessoal, apesar de eu ter conversado com o produtor e termos discutido qual seria lançada primeiro. Ela traz uma força que abre caminho para lançarmos as outras depois.

O que mais podemos esperar para 2025?

A ideia é que tenham videoclipes. Fizemos um lyric video (vídeo que apresenta a letra da música) para soltar junto no YouTube, mas minha ideia é ter o clipe também, um pouquinho mais para frente. Eu sempre gosto de ter o videoclipe porque ele traz a coisa visual, uma muita força também para as pessoas me verem atuando, tocando, cantando acho que traz ali além da coisa auditiva traz muito da coisa visual que eu acho que tem muita força, ainda mais hoje em dia com as plataformas digitais você consegue ter os recortes para poder pôr nas redes sociais que é legal, as pessoas gostam e tem os bastidores, tem a gravação. Então, se tudo der certo, todas as músicas vão ter videoclipes também. Essa primeira vai vir com o lyric video, mas mais para frente eu quero vir com o videoclipe dela também.

Quanto aos lançamentos, dessas cinco músicas, duas são baladas e uma outra, que também é balada, com muito piano. As outras três são mais enérgicas. Tem duas que são bem pop rock, com guitarras bem marcantes, e tem outra que é bem latina e traz muita coisa de violão, meio flamenco, bem legal e diferente dessa, mas também mais para cima. É alegre, sensual, então eu sempre gosto de trazer as coisas falando de amor e trazendo um pouquinho dessa sensualidade também.

O amor é um tema constante em suas composições…

O amor é o sentimento que eu mais respeito, que eu mais preciso, o mais importante nas relações humanas. O amor de todas as formas, não só o romântico, mas o universal, sobre todas as coisas, sobre família, sobre amigos. Eu sempre tive isso comigo.

As baladas sempre mexeram muito comigo, não sei se é porque eu sou canceriano [risos], então traz essa coisa mais motiva. Para mim, o amor é isso, o maior sentimento que podemos ter, por tudo. Ele é o principal sentimento. O amor você perdoa, você respeita, com ele você consegue ser uma pessoa melhor.

Da engenharia para a música, como foi isso?

Foi uma transição doida. Eu sou engenheiro formado, engenheiro mecânico de produção, e trabalhava em uma multinacional. Mas a música sempre esteve presente na minha vida, minha casa sempre foi uma casa musical, tinha um piano na casa da minha avó, minhas tias tocavam, minha mãe tocava e eu sempre gostei, desde pequeno pedia para aprender, gostava de ficar sentado sozinho, depois tocando. Na minha casa, sempre nos natais, a gente fazia muita apresentação de teatro misturado com música, então essa coisa artística ali sempre esteve muito presente.

Eu, desde pequeno, já via que a gente já falava que eu tinha facilidade para aprender, para tocar instrumentos, e aí eu sempre fui tocando, mas nunca pensando em ser uma coisa profissional. Eu sempre gostei de tocar, fiz aula na adolescência de violão, comecei a aprender a tocar violão, tocava com os amigos, tocava em casa, na faculdade com uns amigos que também tocavam. Montamos uma banda no último ano e me formei.

No ano seguinte, comecei a trabalhar em uma multinacional. Eu ainda estava com essa banda, tocávamos por hobby até aparecer um festival de bandas. A gente se inscreveu porque precisava ter uma música autoral e uma cover. Eu já gostava de escrever algumas coisas e já tinha uma autoral. Participamos do festival e ficamos em segundo lugar.

Recebi um convite para começar a tocar na noite. A partir daí eu trabalhava como engenheiro e aos fins de semana ia tocar. Fiz isso por uns dois ou três anos, só que a música falou mais alto, mexia e ainda mexe muito comigo. É uma coisa que eu gosto muito de fazer que me traz emoções diferentes, eu consigo me expressar da melhor maneira tocando e cantando.

Foi um processo que eu fiquei ‘o que eu vou fazer?’ e optei por seguir a minha vocação. Fui estudar música em São Paulo, comecei a me aperfeiçoar mais e agora estou nessa fase autoral, lançando muita coisa, já são mais de 20 canções lançadas e está vindo muito mais.

Qual o significado da música para você?

É uma maneira que eu encontro de poder me expressar, de colocar meus sentimentos da maneira mais pura e mais sincera possível. É uma maneira que eu encontro de me conectar com as pessoas, de me expressar e, principalmente, de poder transmitir aquilo que sou.

As redes sociais aproximam bastante o público do artista, como você vê essa relação?

Está cada vez crescendo mais. Sinto que a cada lançamento que faço, mais pessoas vão se conectando comigo. Vou tendo mais esse feedback. É complexo, porque ao mesmo tempo que você chega em muita gente, chegam muitas coisas também e você conseguir pegar a atenção das pessoas está difícil.

A música é uma coisa que você precisa parar, você precisa prestar atenção, precisa ouvir, precisa sentir, ainda mais as minhas, que falam de amor, que trazem histórias com mais profundidade. Não é uma coisa que você vai pegar na hora. Tem que parar e ouvir, tem que entender.

Ao mesmo tempo, eu tenho visto que está crescendo cada vez mais. As pessoas estão cada vez mais olhando para a minha música, vendo o que eu estou fazendo e se conectando. Meu último lançamento, que se chama ‘Um Milhão de Sonhos’, é uma canção que tive muito feedback legal de pessoas que realmente mudaram a sua vida no momento em que elas escutaram. Que estavam passando por um dia difícil e a música trouxe uma coisa muito legal para elas.

Está sendo um processo também, até meu como autor, compositor, de também entender o que as pessoas precisam e querem. Tentar contar essas histórias de uma maneira que você consiga cada vez mais chegar nelas e prender a atenção para parar e escutar. As redes sociais hoje estão aí para isso. É um desafio porque, ao mesmo tempo que você consegue chegar em muita gente, tem diversas coisas de tudo, que faz um milhão de cursos, enquanto você está tentando pôr sua música ali para elas ouvirem, mas faz parte do que está acontecendo hoje.

Nos últimos anos, outros segmentos musicais vieram sem muita profundidade, mais imediatistas, e tem muita gente trazendo essas coisas um pouco mais legais, maduras, profundas, com conteúdo. As pessoas também querem isso, querem cada vez mais esse debate um pouco mais profundo, mais inteligente. Então, acho que isso também é um desafio.

Se você pudesse escolher um verso de “Aonde Foi Parar”, qual seria?

A gente sempre gosta de muita coisa, mas seria a parte do refrão até onde você faz o desfecho da sua ideia, que fala ‘onde foi parar o amor, que era tudo e tanto, que a gente mal sabia o tamanho, só que acabou deixando escapar pelas mãos’. Acho que ela fala só no contexto do que é a música. Então, aquele amor que era tão grande, que a gente nem sabia quão grande era, mas de repente a gente deixou escapar ela.