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Moradores do Guarujá sofrem com falta d’agua corriqueira

03/10/2024
Luiz Guilherme Lima

Há alguns meses, os moradores e comerciantes do Guarujá reclamam de falta d’agua na cidade. A população reclama que não consegue cumprir com suas necessidades, como tomar banho, lavar roupas e até beber água. Alguns estão recorrendo a métodos particulares como bomba d’agua, reservatórios e outras formas de armazenamento. Escolas estão tendo que paralisar suas aulas por conta do abastecimento de água. Vicente de Carvalho é uma das regiões mais afetadas.

A escola municipal Angelina Daige, localizada no bairro Vila Áurea, estava com falta d’agua, na espera de um caminhão Pipa. Alunos foram dispensados e os que permaneciam na escola estavam sem saber se teriam recreio. A merenda do local tinha sido afetada, as cozinheiras estavam tentando ao máximo cozinhar com o resquício de água que tinham. Segundo a Prefeitura de Guarujá, foi um problema pontual.

Porém, o mês de setembro foi marcado por diversos dias sem água tanto para a população. Diversos alunos foram afetados, cerca de 80% de escolas e creches foram paralisadas.

A garçonete, Adriana Pereira, conta que a escola particular Domingos de Moraes estava sem água, “Meu filho não teve aula por conta da falta d’agua, uma escola particular. Não estão nem conseguindo encher a caixa d’agua deles”.

Adriana também relata que as vezes acorda de madrugada para poder fazer suas tarefas domésticas, “Eu tenho que acordar 5h da madrugada para poder lavar louça e roupa, pois a água fica um curto período de tempo e logo nossas torneiras estão vazias. Estou sofrendo com esse problema a mais de um mês”.

Edilene Bezerra, proprietária de um mercado e padaria local em Vicente de Carvalho, afirma que é complicado se não fosse a caixa d’agua com bomba não iria conseguir ter água no estabelecimento, “Para um comércio, fica mais difícil ainda, pois precisamos de água para lavar louça e não temos, precisamos recorrer a um reservatório”.

A proprietária mesma recorda das vezes que chega do trabalho e não tem como tomar banho, “A água acaba por volta de umas 21h, não tem como tomar banho, e só volta no dia seguinte, isso se voltar”.

Patrícia Silva, trabalha no mercado local de Edilene, diz que na sua casa não tem água “Estou sem água na minha casa, não consigo cozinhar quando chego do trabalho”. Patrícia afirma que sua conta de água veio mais cara do que nos meses anteriores, “Eu estou pagando mais caro na minha conta, sendo que não tenho água em grande parte do dia”.

A Prefeitura do Guarujá afirma que o prefeito Valter Suman esteve na sede da Sabesp em setembro,  para cobrar medidas emergenciais. Em nota eles dizem, ” Além de cobrar, sistemática e recorrentemente providências da Sabesp, o Município também já acionou a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) para fiscalizar a prestação de serviços da contratada. A empresa já foi notificada e autuada por desabastecimento anteriormente. Enquanto isso, em casos de desabastecimento de água, os munícipes devem formalizar sua reclamação nos canais oficiais da Sabesp e da Arsesp, pelos telefones 0800 055 0195 e 0800 771 6883 e WhatsApp (11) 3388-8000″.