Nas famílias mais tradicionais, amigos e parentes passeiam pela cidade…
Mimouna é uma tradição oriunda dos judeus do Marrocos que acontece no final da tarde do último dia de Pessach.
Neste momento, quando a obrigação de evitar o Chametz termina, as famílias judias colocam, sobre uma bela mesa, farinha, mel, leite e manteiga para serem usadas nos preparativos dos jantares de celebração do pós-Pessach.
Em muitas comunidades, vizinhos não judeus vendem o chametz de volta para as famílias judias como começo da celebração.
Judeus marroquinos e argelinos abrem suas casas aos visitantes, depois de expor uma variedade generosa de bolos e guloseimas tradicionais para festas.
Na mesa também encontramos vários símbolos de sorte e fertilidade, com ênfase no número “5”, como cinco peças de jóias de ouro ou cinco feijões dispostos em uma folha de massa. A repetição do número cinco faz referência ao amuleto de hamsa de cinco dedos comum nas comunidades do norte da África e do Oriente Médio desde os tempos pré-modernos.
Normalmente, todos os presentes em uma celebração de Mimouna são polvilhados com um raminho de hortelã ou outra verdura embebida em leite, simbolizando boa sorte e novos começos.
Nas famílias mais tradicionais, amigos e parentes passeiam pela cidade visitando casa após casa, para cumprimentar seus conhecidos e provar as iguarias colocadas sobre cada mesa da comunidade.
No início do dia de Mimouna, num costume menos conhecido, as famílias vão para o mar, jogam água no rosto e andam descalças na água, para repetir a cena da milagrosa travessia do Mar Vermelho, que aconteceu no último dia de Pessach.
Esta bela tradição chegou a Israel, onde a celebração de Mimouna se tornou um acontecimento anual popular, com festas ao ar livre, piqueniques e churrascos: uma celebração central no Sacher Park de Jerusalém atrai normalmente, cerca de 100.000 pessoas, geralmente incluindo o presidente e o primeiro-ministro.
A celebração de Mimouna atravessou as fronteiras e várias comunidades no mundo comemoram alegremente esta tradição sefaradi.
Chag Sameach!
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