Fronteiras da Ciência

Lição das flores

29/04/2022
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Era uma tarde quente de verão, e o vendaval agitava a folhagem, com violência, anunciando a tempestade que se aproximava rapidamente.

Pelas janelas abertas, um suave perfume enchia a casa.

Lá fora, um espetáculo digno de nota acontecia.

Açoitados pelo vento, os pés de manjericão, alfavaca e lavanda dobravam-se e liberavam um delicioso perfume.

Era impressionante notar a maneira como as flores e folhagens respondiam aos golpes violentos do vento.

Os primeiros pingos de chuva enfeitavam as rosas abertas como se fossem diamantes líquidos.

Mas o temporal anunciado logo chegou e as gotas da chuva, agora misturadas com o vento forte, pareciam um bombardeio cruel macerando as suaves pétalas, que respondiam à agressão liberando um perfume inconfundível.

Ante a violência do temporal, instintivamente, as plantas se dobravam para não quebrar.

As plantas cumprem, silenciosas e submissas, a tarefa que o Criador lhes confia, apesar das tempestades da vida.

Assim também agem algumas pessoas. São como as flores que, mesmo maceradas pela enfermidade cruel, pela agrestia da vida, respondem com o perfume do otimismo e da alegria.

Isso aconteceu com uma jovem senhora, agredida por um câncer cruel, que tenta lhe roubar o corpo, minando-o aos poucos e insistentemente.

Quando soube que teria que fazer quimioterapia novamente, não se desesperou.

-Eu venci essa doença uma vez e vou vencê-la de novo. – Falava com fé e disposição.

A família, preocupada com seu estado de saúde, insistia para que ela ficasse em casa, repousando, mas ela prefere trabalhar.

Quando faz o tratamento quimioterápico, ela passa muito mal. Mas a dor não a impede de estar o dia todo com um sorriso nos lábios, distribuindo otimismo junto aos seus colegas.

Sempre gentil, ela dribla a doença, trabalha, confia, sofre, espera.

[com base na Redação do Momento Espírita]

Uma pessoa assim é como uma flor que, mesmo açoitada pelos ventos fortes e pela violência da chuva, exala perfume, e não deixa de florescer a cada primavera.

Pessoas que não se deixam desanimar, mesmo diante dos quadros mais graves e desesperadores.

Enquanto muitas pessoas saudáveis reclamam por coisas mínimas, faltam ao trabalho sem motivos justos, aquela mulher-flor abre suas pétalas de esperança, dignificando a oportunidade de crescer que o Criador lhe concede.

Busquemos viver com otimismo, por mais que a situação esteja difícil.

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