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Lewandowski e Tostines

15/01/2024
Ricardo Stuckert/PR

Eu olho para a foto do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e uma ideia me vem à cabeça: esse cara nunca na vida derramou uma gota de suor. Não no sentido de nunca ter trabalhado. Mas sim no sentido de nunca ter sentido calor, de não andar na rua, nem num táxi ou num uber sem ar condicionado.   

Uma imagem vale mais que mil palavras. Cola na imaginação. E traz agregados, interpretações espontâneas, conectadas ou não com a coerência. É inevitável. Tem a ver com impressões anteriores acumuladas, desordenadas na lembrança.

Lewandowski dá a impressão de dormir e acordar de terno, com o cabelo branco impecavelmente penteado, num quarto com ar condicionado abaixo de 20°, assim como o gabinete de trabalho. E dali sair sempre para outro ambiente refrigerado em um automóvel em que o motorista também já preparou essa temperatura. Acho que já nasceu vestido com terno cinzento e com cabelo branco.  

Fiz esse comentário na Rádio Jovem Pan Santos na sexta-feira e um ouvinte, Flávio Ramil, mandou bem-humorado:

“Está sempre fresquinho porque se vende mais? Ou se vende mais porque está sempre fresquinho?”.

Resposta impossível para o dilema da marcante sacada do publicitário Ênio Mainardi para o biscoito Tostines nos anos 80.

Vem dessa década também a amizade do novo ministro com Lula. Amigos da rota do frango com polenta, dos restaurantes do bairro Demarchi. Laerte Demarchi indicou Lewandowski para secretário jurídico da Prefeitura de Sâo Bernardo e depois para ministro do Supremo. Reza a lenda que o convite de Lula para Lewandowsk para o STF em 2006 aconteceu diante de uma travessa de frango com polenta.

Aí me brotou uma dúvida que o radialista Altair de Marco esclareceu: os restaurantes da rota do frango com polenta nos anos 80 já tinham ar condicionado central. Tá explicado !!!