
Jovens atletas de Santos vêm se destacando em diversas competições nacionais e internacionais, mas um esporte de combate vem se destacando na cidade: o Taekwondo. Já tivemos lutadores no top 3 mundial, atleta que subiu no pódio com a filha no colo e agora um talentoso jovem que iniciou por acaso na arte marcial coreana.
O garoto taekwondista Pedro Henrique de Oliveira, de apenas 17 anos, “tropeçou” para dentro do tatame e já acumula medalhas em mundial (prata) e no pan-americano (bronze). “Eu sempre gostei de esportes, mas eu não tinha hábitos muito saudáveis. Meus amigos já faziam taekwondo e eu fui até o Rebouças um dia, acompanhar eles e decidi fazer um treino, isso foi com 13 anos. E o mestre Rodney já me chamou para fazer mais treinos. No começo, eu demorei um pouco para me dedicar, gostava de ficar na rua, jogar bola e tal. Foi só um ano depois, aos 14, que eu passei a me dedicar”, conta.
Hoje, o atleta da Fupes também integra a seleção brasileira, onde conquistou o vice-campeonato mundial escolar e faturou a medalha de bronze no Campeonato Pan-Americano, disputado em Querétaro, no México. “Acredito que, se não fosse o apoio da minha família e do meu treinador, eu não estaria aqui. Recebi apoio em questões financeiras e mentais nos momentos bons e nos momentos ruins”, afirma.
Pedro reforça o sentimento de inspiração para os mais jovens. Em sua análise, muitos adolescentes não têm contato com o esporte e não conhecem os benefícios e as mudanças que podem ser proporcionadas em suas vidas. “Na escola, por exemplo, as pessoas ficam surpresas quando digo que sou atleta. O esporte mudou muita coisa na minha vida, ajuda na educação, ensina respeito, compaixão, força e resiliência. O esporte muda nossa vida”, ressalta.
Campeão à primeira vista
O jovem atleta conta que logo em seu primeiro dia já foi convidado pelo mestre Rodney Saraiva, treinador RS Team/Fupes, que identificou o grande potencial do rapaz. “No meu primeiro dia, ele disse: Pedro, você tem talento para o taekwondo, você quer participar dos nossos treinos? E eu aceitei”, conta o atleta. “Percebi que ele tinha potência e uma boa percepção de distância na luta diferenciada. Ele tinha a potência, o biotipo e o foco necessários. Além disso, me chamou atenção o respeito que ele apresentou”, conta o mestre.
Pedro já tinha sido praticante de muay thai, o que dava a ele algumas facilidades no tatame, ao mesmo tempo que gerava algumas dificuldades, que foram superadas graças à dedicação e esforço do rapaz. “Toda vivência esportiva faz diferença, mas a luta é completamente diferente e isso criou algumas dificuldades para a adaptação dele”, diz Rodney.
Rodney aconselha aqueles que buscam seguir a carreira no esporte, como Pedro. Segundo o mestre, é essencial se dedicar não só à prática da atividade em si, mas também à leitura, aos estudos e buscar desenvolver múltiplas inteligências, como a emocional. “Uma boa equipe de treinamento ajuda o atleta a desenvolver valores como senso de responsabilidade, disciplina, resiliência e autocontrole. Também é preciso ter cuidados com a alimentação e manter uma vida regrada”.
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