A cidade de Itanhaém enfrenta um cenário crítico com a declaração de situação de emergência em saúde pública para dengue e outras arboviroses. O objetivo principal dessa medida é intensificar as iniciativas de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, e conter a propagação de tal.
O decreto, emitido nesta quinta-feira (04/04), abre caminho para a implementação de ações administrativas fundamentais no enfrentamento das arboviroses urbanas. Esta decisão urgente foi tomada apenas dois dias após a confirmação do primeiro óbito por dengue na região, evidenciando a gravidade da situação.
Dentre as medidas contempladas, está a agilização na aquisição de recursos e serviços voltados para o combate à emergência, dispensando a obrigatoriedade de licitações. Adicionalmente, será possível contratar profissionais temporários para suprir as demandas específicas, além da prorrogação de contratos já existentes.
Em circunstâncias excepcionais, poderão ser suspensas as férias e folgas dos agentes de combate a endemias, saúde e vigilância epidemiológica. Estes profissionais desempenharão um papel crucial em atividades como visitas domiciliares e outras ações de campo, visando controlar a propagação do mosquito e monitorar a incidência de casos.
Até o momento, Itanhaém registra 365 casos confirmados de dengue, com mais 530 casos em fase de investigação. Na Baixada Santista, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, já foram contabilizados mais de 6.088 casos confirmados de dengue, além de 2.694 casos em processo de investigação.
A região também enfrenta um cenário preocupante com quatro óbitos confirmados pela doença, enquanto outros sete aguardam confirmação por meio de exames laboratoriais.
Este quadro crítico motivou outros cinco municípios da Baixada Santista a declararem situação de emergência em saúde pública para dengue, seguindo as diretrizes do Estado. Entre as cidades afetadas estão Bertioga, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém e Praia Grande.
A população local é orientada a tomar medidas preventivas, como eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes e busca por assistência médica em casos suspeitos de dengue, contribuindo assim para o controle e mitigação dessa grave epidemia.