Israel viveu o maior ato de terror alguma vez ocorrido na história do país, quando mais de 1.200 civis foram massacrados, milhares feridos e mais de 240 sequestrados.
“Se você olhar para isso em proporção ao tamanho da população de Israel, isso é o equivalente a dez vezes o 11 de setembro dos EUA.
Esse ataque foi enorme e devastador”, disse o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, em uma entrevista coletiva em Israel.
Israel é um país pequeno com 9,5 milhões de habitantes. A magnitude das perdas é enorme e todos conhecem alguém que foi morto, sequestrado ou ferido.
Entretanto, Israel tem uma enorme força – o seu povo. Não importa o que aconteça, eles se recuperarão e ficarão ainda mais fortes do que antes.
Afinal, os símbolos nacionais podem fornecer um atalho para a compreensão do caráter nacional. Os israelenses têm o cacto. Para ser mais preciso, os israelenses são frequentemente chamados de Sabras. A sabra é um cacto e, como a pera espinhosa, as sabras são conhecidas por seu exterior espinhoso e seu interior macio e doce. Os israelenses são, em geral, orgulhosos desta descrição.
Em seu livro The Sabra: The Creation of the New Jew, o sociólogo Oz Almog explora a ideia de que a geração de israelenses nascida dos pioneiros é como seus precursores: ao mesmo tempo dura e autoconfiante. São características que devem estar em seu DNA.
Os israelenses têm que ser duros. Único país judeu do mundo, o Israel tem sido historicamente cercado por estados hostis, com alguns empenhados na sua destruição. Com mais de 3.000 anos e apenas algumas décadas de idade, Israel é um amálgama do antigo e do moderno.
Os desafios que o renascido Estado de Israel tem enfrentado desde a sua criação em 1948 são enormes. Estes incluem a guerra convencional, o terrorismo, a absorção de milhões de imigrantes de diferentes partes do globo e um esforço concertado dos inimigos regionais e dos seus aliados globais para difamar, marginalizar e isolar o único Estado-nação verdadeiramente livre e democrático da região.
Felizmente, quando as coisas caem e os israelenses sentem que suas costas coletivas estão contra a parede, tanto as características externas quanto internas do Sabra assumem o centro das atenções. As manifestações de ajuda, voluntariado e cuidado com os menos afortunados atingem alturas inéditas em tempos de dificuldade. As características que se manifestam a nível individual são um microcosmo do que acontece a nível nacional.
Além disso, o serviço militar obrigatório gera pessoas fortes, resilientes e mais qualificadas onde é importante. Pessoas com perseverança, em posições de liderança, prontas para trabalhar em equipe e com extrema lealdade.
Embora esteja atuando sob pressão frente aos acontecimentos recentes, a Tzavá torna-se muito mais forte, e o resultado é que podemos esperar muitos, muitos anos bons para o ecossistema israelense. Israel sairá desta crise mais forte.
Como diz Uri Levine, criador do Waze: “tempos difíceis criam pessoas mais fortes, pessoas fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam pessoas suaves. Agora é um momento difícil para Israel.”
Um lindo exemplo desta resiliência comunitária vem de Iris Haim, cujo filho Yotam foi morto a tiros por engano pelas tropas das FDI no norte de Gaza. Ela gravou uma mensagem para os soldados que o mataram, dizendo-lhes que ela e sua família os amam e não os culpam por sua morte. Iris diz também: “E não hesitem nem por um segundo se vir um terrorista. Não pensem que vocês mataram um refém deliberadamente. Vocês têm que cuidar de si mesmos, porque só assim poderão cuidar de nós.”
“Israel não foi criado para desaparecer – Israel resistirá e florescerá. É o filho da esperança e o lar dos corajosos. Não pode ser quebrado pela adversidade nem desmoralizado pelo sucesso. Carrega o escudo da democracia e honra a espada da liberdade.” -John F. Kennedy
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