Silenciosa, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) pode ser assintomática em muitos pets e, por isso, os tutores têm dificuldades em identificar sinais da doença. Em cães as manifestações podem ser desde alterações no comportamento até cansaço, tosse, e em casos mais graves, problemas oculares, progressão da doença renal, hipertrofia do ventrículo esquerdo, entre outras.
Acima de 160 mmHg a pressão arterial do animal já pode ser considerada elevada (acompanhe a tabela abaixo). “Devemos sempre avaliar as condições de ansiedade ou estresse ambiental no momento das aferições para evitar a hipertensão situacional”, explica a médica veterinária cardiologista do Hospital Veros Thalita Vieira.
“A alimentação não é o fator determinante para o aumento da pressão arterial, mas, em alguns estudos, a obesidade se mostrou discretamente relacionada a um pequeno aumento da pressão arterial em cães. Em gatos, até o momento, não há efeito comprovado. Apesar de a HAS ser mais frequente em pets de meia idade e idosos, os estudos não indicam a idade como fator de risco”.
A especialista lembra que averiguação é importante quando o pet visitar o médico veterinário. Segundo o Consenso do Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária, que publica as diretrizes para a identificação, avaliação e manejo da hipertensão sistêmica em cães e gatos, a aferição deve ser sempre realizada com aparelho Doppler Vascular.
Quando não tratados, os danos aos animais podem ser severos, como retinopatias – mais frequente em gatos – progressão de doença renal e, consequentemente, menor expectativa ou qualidade de vida, hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e arritmias. No cérebro, a HAS pode causar encefalopatias e derrames, desorientação, alterações comportamentais. O tratamento mais indicado é a base de medicações anti-hipertensivas.
Pressão arterial | Classificação | Risco |
< 140 mmHg | Normal | Mínimo |
140 – 159 mmHg | Pré-hipertenso | Baixo |
160 – 179 mmHg | Hipertenso | Moderado |
>180 mmHg | Gravemente hipertenso | Alto |