Hilda Prado
Parabéns à equipe do JORNAL DA ORLA pela comemoração do jubileu de ouro. Sinto-me muito feliz por ter participado da redação pioneira e, principalmente, por testemunhar o sucesso do empreendimento de Clóvis Edward Hazar e Evandro Torres – dois publicitários de São Paulo que enxergaram em Santos um nicho para investir, primeiro em uma rádio e depois em um jornal semanário com distribuição gratuita. Para mim, profissionalmente, foi uma experiência maravilhosa, pois no JORNAL DA ORLA descobri que se podia fazer um jornalismo de qualidade e leve.
Ele proporcionava (e continua a proporcionar) ao santista a oportunidade de, nos finais de semana, desfrutar de temas atraentes e uma leitura agradável, sem custo. Guardo daquela época ótimas lembranças – uma redação bem enxuta, um ambiente alegre e fraternal. Mudei para São Paulo, mas não perdi de vista o jornal que, em determinado momento, teve Edson Carpentieri como editor cujo trabalho Clóvis considera fundamental para o desenvolvimento do jornal. Considero importante realçar o fato de que o JORNAL DA ORLA é um sucesso na área publicitária, o que sem dúvida é resultado da qualidade editorial e da boa administração. O lado triste, o falecimento de Evandro Torres. Mais uma vez, parabéns à equipe comandada por Carpentieri, diretor de Redação.
Sônia Regina
Quando o Edison Carpentieri ligou, pedindo um texto pelos 50 anos do Jornal da Orla, também me lembrou que fiz parte da primeira equipe do jornal. E eu lembrei da importância do Jornal da Orla na minha vida profissional. Importância essa que coloquei no texto pelos 40 anos do jornal 10 anos atrás. Texto aquele que faço questão de repetir nestes 50 anos, já que acabaria por expressar as mesmas ideias. Nestes 50 anos, acrescento: um jornal que se modernizou, que mantem seus ideais de seriedade e que hoje leio diariamente pelo portal da internet com a vantagem do acesso aos vídeos. E não posso esquecer que mantenho até hoje as amizades daquela época.
E não é que já são 40 anos….
Dos meus quase 40 anos de jornalismo (isso mesmo amigos), quatro eu trabalhei no Jornal da Orla. No início da minha carreira e da criação do jornal. Trabalhar em jornal sempre foi minha grande paixão. Afinal, foi a minha paixão pelo jornalismo que me fez largar um ótimo (para os outros, não para mim) emprego na Petrobrás e passar a ganhar a metade do que ganhava. E dentro dessa paixão, o Jornal da Orla. Tinha eu uns 20 e tantos anos, grandes ideias na cabeça, uma paixão imensa pelo jornalismo e a oportunidade de trabalhar em um jornal que me permitia escrever livremente. Livremente e com seriedade. Um jornal que me fazia sentir parte atuante de uma sociedade que, tentando romper preconceitos, nem sempre tinha espaço para a discussão de novas ideias. O Jornal da Orla foi uma das muitas escolas de jornalismo que tive. Foi isso e mais. Foi um espaço bom de trabalhar.