Os paratletas de Guarujá estão comemorando os resultados conquistados no Campeonato Brasileiro de Bocha, que está sendo disputado no moderno CT Paraolímpico, localizado na Rodoviária dos Imigrantes. A Associação Paradesportiva da Baixada Santista, que fica no Guarujá, garantiu três medalhas de ouro e o reconhecimento de um trabalho primoroso, realizado há 22 anos.
A APBS garantiu o título com Natalia Faria, na categoria BC2 feminino, com sequelas moderadas da paralisia cerebral, com independência e autonomia de jogo. Na categoria BC3, as irmãs Bargas também garantiram o ouro, a jogadora Débora e a assistente esportiva, que manuseia a calheira para a colocação da bolinha. Essa categoria é para os competidores com dependência de auxilio no jogo devido a sequelas graves decorrentes da paralisia cerebral.
Laissa Guerreira também foi ouro na categoria na BC4, com paratletas que não apresentam comprometimento de ordem da paralisia cerebral. Ainda na categoria BC3, Maria Isabel e o técnico Vagner Lima, o Barata, seu assistente esportivo terminaram na quinta colocação.
Para o Coordenador da Associação Paradesportiva da Baixada Santista, a bocha de Guarujá vem se consolidando:
“O resultado é muito expressivo, já que a bocha é uma das modalidades mais disputadas no desporto paralímpico do Brasil. Nós entrarmos nessa disputa e conseguirmos três medalhas de ouro é muito gratificante. Guarujá é a casa da bocha paralímpica na Baixada Santista. Fabrício é fisioterapeuta de profissão e gestor esportiva com a experiência de quem tem 22 anos na bocha paralímpica e já representou o Brasil em duas Paralimpíadas: Tóquio e Paris. Ele faz questão de destacar o trabalho do técnico Vagner Lima, o Barata. “Na minha opinião ele é o melhor técnico de bocha paralímpica do Brasil tem 44 anos de idade, é daqui do Guarujá e nunca deixou de trazer um troféu em todos os campeonatos que disputamos”.
Moisés também ressalta a técnica e dedicação das atletas. “A Natali é tetracampeã brasileira. A Débora já vinha conquistando bons resultados e agora furou a bolha. E a Laissa só tem 18 anos e também ganhou o Brasileiro”.
O coordenador da APBS é fundador e trabalha há 22 anos nesse projeto. Descobriu a modalidade quando atendia o Alexandre Rodrigues Gonçalves Neto, o Xandão, primeiro jogador de bocha paralímpica da Baixada Santista. Daí em diante não parou mais e junto com uma equipe bem determinada transformou a equipe do Guarujá numa das melhores do Brasil.