Por mais um ano – do total de cinco anos – sem transmissão vertical de HIV, Guarujá foi contemplada na 4ª edição do Prêmio Luiza Matida, idealizado pelo Programa Estadual DST/ Aids-SP, que é uma homenagem à pediatra e sanitarista Luiza Harunari Matida. Na Capital, representantes da Saúde da Cidade receberam uma placa em homenagem aos esforços para eliminar a contaminação do vírus da mãe gestante para seu bebê.
A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais de Guarujá, Márcia Helena Rodrigues Mendes dos Santos, lembra que as chances são de 15% a 45% da criança com mãe HIV positivo nascer positivada. Com o acompanhamento adequado, no entanto, é possível reduzir essa transmissão para menos de 2%.
“Durante o pré-natal são realizados exames de rotina, inclusive o de HIV, no primeiro, segundo e terceiro trimestres. Em caso positivo, a mãe começa um tratamento para reduzir a carga viral”, explica.
Durante a gestação, todos os dias, a mãe deve tomar a medicação antirretroviral para o controle de seu HIV. Ao começar o trabalho de parto, é injetada a medicação antiviral AZT e, quando o bebê nasce, é iniciada a ingestão de um antirretroviral por um mês. Assim que a criança testar negativo, ela recebe alta do acompanhamento.
Atualmente, a Unidade Complexa William Rocha, que realiza o atendimento de pacientes com HIV/Aids e outras doenças infectocontagiosas, acompanha 20 bebês expostos ao vírus e 10 gestantes com a doença.