Despesas estavam sob sigilo de 100 anos decretado pelo então presidente
A quebra do sigilo de 100 anos dos gastos do cartão corporativo do então presidente Jair Bolsonaro revelam pagamentos feitos em datas que coincidem com a realização de motociatas e outros momentos de lazer.
Para ficar em apenas dois exemplos: em uma única padaria, foram gastos R$ 33 mil no dia 22 de maio de 2021, véspera de uma motociata.
Entre 9 e 10 de julho de 2021, foram pagos R$ 166 mil com o cartão corporativo (despesas com hospedagem, alimentação e combustível), quando Bolsonaro comandou uma motociata na Serra Gaúcha e em Porto Alegre.
A quebra do sigilo de 100 anos do cartão corporativo de Bolsonaro revela também o pagamento de R$ 1,4 milhão ao Hotel Ferraretto, em Guarujá, onde o então presidente ficou para descansar, pescar e curtir passeios de jet-ski.
Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões com cartão corporativo
No total, foram pagos com o cartão corporativo de Bolsonaro, entre 2019 e 2022, R$ 27,6 milhões. Estre as despesas, constam R$ 408 mil em peixarias, R$ 581 mil em padarias, R$ 8,6 mil em sorveterias e R$ 3 mil no McDonald´s.
As dez maiores notas fiscais de despesas no cartão corporativo são de hospedagem, variando entre R$ 115 mil e R$ 312 mil. Em quatro anos, foram gastos R$ 13,7 milhões em hotéis.