90% dos casos de câncer de pulmão estão associados ao tabagismo. A doença é difícil de ser diagnosticada (apenas 16% dos casos são descobertos em seu estágio inicial), o que dificulta o tratamento e as chances de cura.
Os sintomas só aparecem quando o tumor no pulmão já está em estágio avançado e o crescimento desordenado das células já se espalhou para outras partes do corpo, como o cérebro — caso da jornalista Glória Maria, que faleceu na quinta-feira (2), em decorrência de metástase no cérebro.
Assim, a maneira mais eficaz de evitar a doença é eliminar os fatores de risco. O principal é o fumo (tabaco, derivados e suas versões “eletrônicas), inclusive o fumo passivo, além da exposição a substâncias tóxicas como amianto, arsênico, asbesto, radônio e fumaça da queima da madeira.
Doenças pulmonares associadas à inflamação, como fibrose pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica, deficiência de alfa-1 antitripsina e tuberculose, também têm sido associadas a um aumento na incidência de câncer de pulmão.
Existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes.
Sinais e sintomas:
Cansaço
Diminuição de peso
Dispneia (falta de ar)
Dor na região do tórax
Perda de sangue no escarro
Tosse ou mudança no padrão da tosse do fumante
Tratamento
O tratamento de pacientes com câncer de pulmão depende do tipo de célula (células não pequenas ou células pequenas), estágio do tumor, características moleculares e uma avaliação da condição médica geral do paciente.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 28 mil brasileiros morrem por ano, em decorrência da doença.
Prevenção
A maneira mais efetiva de enfrentar o câncer de pulmão é combater o principal fator de risco: o fumo. Isso se consegue aumentando e fortalecendo serviços de conscientização, elevação de tributos para cigarros e proibição do fumo em espaços públicos.
Glória Maria era fumante?
A jornalista Gloria Maria era extremamente discreta com sua vida privada e, portanto, fica praticamente impossível indicar as causas de seu câncer no pulmão. Em diversas oportunidades, ela negou ser fumante. No entanto, em dezembro de 2017, o jornalista Leo Dias, no programa “Fofocolizando”, exibiu um vídeo onde a apresentadora global aparece fumando um cigarro enquanto caminhava em uma rua. Ao terminar de tragar o cigarro ela o joga na lixeira.
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Porém, ao comentar o falecimento de Glória Maria, o mesmo jornalista postou em suas redes sociais que ela gostava muito de cuidar da saúde e tinha rituais próprios de beleza, que incluía tomar 80 pílulas de vitaminas por dia e um “chá milagroso” da Tailândia.
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