Fronteiras da Ciência

Fazer alguém feliz

28/01/2022
Fazer alguém feliz | Jornal da Orla

Naquela manhã, Alice acordou cansada. Os problemas de saúde se agravavam e os medicamentos não estavam conseguindo diminuir os sintomas.

As olheiras e a palidez denunciavam o quanto estava debilitada.

Mesmo se sentindo mal, agradeceu a Deus por estar viva, por ter uma casa e uma família.

E pensou: “por mais que eu esteja debilitada, ainda posso fazer algo para ajudar alguém, fazer alguém sorrir, ficar feliz”.

Mais tarde, foi a um posto de saúde para tomar um medicamento na veia, procedimento que só é feito em hospitais ou unidades de saúde.

O lugar estava bastante cheio.

Alice fez a ficha e aguardou.

Quando chegou sua vez, foi levada a uma sala, sentou-se e observou a enfermeira que providenciava a aplicação. Notou que ela também tinha olheiras e parecia cansada e abatida.

Pacientemente, Alice ficou recebendo o medicamento, enquanto observava o ir e vir de pacientes.

Alguns chegavam nervosos e mal falavam. Outros vinham mais tranquilos. Havia também os que demonstravam grande irritação com a demora e eram ríspidos.

A todos a enfermeira recebia com serenidade. Explicava os protocolos e executava sua tarefa.

De quando em quando, ela se aproximava e perguntava sorrindo:

-Como está se sentindo? Precisa de algo?

Alice ouviu trechos da conversa entre ela e uma colega e foi compreendendo seu abatimento. Estava com sérios problemas em casa.

Mesmo assim, recebia e atendia com gentileza a todos.

No retorno para casa, teve uma ideia. Resolveu telefonar para o Órgão responsável pela administração dos postos de saúde e disse que gostaria de registrar um agradecimento.

Como? – Perguntou, confusa, a moça que a atendeu.

-Quero registrar um elogio e um agradecimento.

Diante do silêncio da atendente, Alice explicou a forma gentil com que fora tratada no posto de saúde e reiterou o desejo de deixar registrado seu agradecimento à pessoa que a havia atendido.

Fez então um registro sobre a forma educada, eficiente e gentil com que aquela enfermeira a havia atendido.

O elogio foi repassado à profissional naquele mesmo dia. Ela se emocionou e chorou, pois realmente estava num período muito difícil de sua vida. Aquele gesto foi como um abraço carinhoso depois de muitas pancadas.

E assim Alice fez alguém feliz naquele dia.

[Com base na Redação do Momento Espírita]

Por mais tristes, cansados, nervosos ou preocupados que estejamos, sempre podemos fazer algo para deixar alguém feliz.

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