O Brasil tem registrado uma crescente expectativa de vida, resultado de avanços importantes na saúde pública, melhorias no acesso à educação e um conjunto de políticas públicas voltadas para o bem-estar da população. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil aumentou para 76,4 em 2023, conforme os dados da Tábua de Mortalidade divulgados nesta sexta-feira (29).
Esse número representa um acréscimo de 11,3 meses em relação ao ano anterior, superando o patamar pré-pandemia. Para os homens, o aumento foi de 12,4 meses, passando de 72,1 para 73,1. Já entre as mulheres, a expectativa passou de 78,8 para 79,7, um crescimento de aproximadamente 10,5 meses.
De acordo com o portal Terra, Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, “a elevação do número de mortes no Brasil e no mundo com a pandemia de coronavírus reduziu a esperança de vida ao nascer em 2020 e 2021, chegando ao patamar de 72,8 anos nesse último ano. A recuperação desse indicador a partir de 2022 reflete a redução do excesso de mortes causado pela pandemia, para ambos os sexos”.
Diversos fatores têm impulsionado essa melhoria no indicador de longevidade da população brasileira. Entre os principais, destacam-se os avanços na medicina, a ampliação do acesso à saúde e a erradicação de doenças infecciosas. A introdução de tecnologias e tratamentos modernos tem sido essencial na redução da mortalidade infantil, no combate ao câncer, doenças cardiovasculares e no aumento da sobrevida de pessoas com doenças crônicas.
Apesar dos avanços, a melhoria da expectativa de vida no Brasil não é uniforme. O aumento da longevidade é acompanhado por desafios significativos, como o envelhecimento populacional e o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado para a necessidade de políticas públicas que não apenas ampliem a vida útil das pessoas, mas também garantam qualidade no envelhecimento.
