Saúde

Excesso de ferro no sangue pode gerar complicações

25/03/2022
Excesso de ferro no sangue pode gerar complicações | Jornal da Orla

A hemocromatose é uma doença que se caracteriza pelo excesso de ferro nas células do sangue, o que pode gerar problemas como dores nas articulações, fraqueza e perda de peso ou, em casos mais graves, doenças como diabetes, insuficiência cardíaca e cirrose hepática.

O ferro é essencial no transporte de oxigênio para as células, mas, por fatores genéticos, algumas pessoas não têm a capacidade de eliminar o excesso desse mineral do organismo. Estima-se que a hemocromatose atinge menos de 0,5% da população.

A hemocromatose pode ser causada por mutações genéticas em vários genes diferentes, sendo as mais comuns no gene HFE. Esse tipo de hemocromatose geralmente começa a apresentar manifestações nas pessoas entre 40 e 60 anos. Já a hemocromatose causada por alterações no gene TFR2 pode se manifestar em qualquer idade.

A maneira mais eficaz de controlar a doença é diagnosticá-la por meio de exames de sangue e biópsia do fígado —conforme prescrição médica. A hemocromatose também pode ser detectada por teste de mapeamento genético, que identifica mutações nos genes que aumentam a predisposição de uma pessoa desenvolver esta e outras doenças, como câncer hereditário, colesterol alto, diabetes monogênica e outras doenças raras.

Apesar de a hemocromatose não ter cura, já existem tratamentos e medicamentos para diminuir a quantidade de ferro no sangue. Outras recomendações médicas envolvendo dieta, suplementação alimentar e consumo de bebidas alcoólicas também podem fazer parte da prevenção e tratamento. O tratamento adequado para cada pessoa deve ser discutido com um médico.

Quanto antes a doença for detectada, mais cedo o tratamento adequado será iniciado, o que irá ajudar a aliviar os sintomas, prevenir as possíveis complicações e evitar que os órgãos sejam prejudicados.