O ex-técnico do Santos FC e da Seleção Brasileira feminina, Kleiton Lima, se encaminhou a polícia para pedir a abertura de um novo inquérito contra uma jogadora do próprio time. O técnico afirma ter sido vítima de calúnia e acredita que a jogadora tenha escrito cartas anônimas com denúncias de assédio moral e sexual, que foram entregues à diretoria do clube. A atleta negou ser a autora.
As reclamações eram a como o comandante do time se portava, como cobranças excessivas, constrangimentos, ameaças e “toques indevidos”.
Nessa mesma época, Kleiton Lima deixou seu cargo e o comando das Sereias da Vila. Junto dele, saíram também mais oito funcionários.
A carta que foi o motivo da denúncia do ex-treinador diz: “Uma vez, na feira, eu estava perto de uma barraca de pastel. Lá, o treinador chegou e perguntou se eu estava comendo pastel. Aí eu respondi: ‘Não, estou esperando as meninas’, então ele deu a volta por mim, olhou para minha bunda e disse: ‘Acho que não’. Insinuando que minha bunda parecia grande, isso significava que eu estaria comendo pastel”
O ex-treinador já havia entrado com um processo na justiça contra a mesma jogadora pelo mesmo motivo. Após a determinação do arquivamento, a defesa solicitou a abertura de um inquérito policial para investigação.
Nesse pedido, os advogados de Lima, afirmaram que a carta sobre a situação na feira é a única que configura delito. A defesa da atleta, baseada em notícias veiculadas na mídia, destacaram que pelo menos três dos 19 relatos podem ser consideradas assédio sexual e moral.
O ex-técnico também acusa a atleta de ter sido a responsável por iniciar as denúncias e instigar outras jogadoras que, de acordo com ele, teriam perdido cargos de titularidade ou não aceitavam as exigências técnicas impostas.