DataOrla: Em Santos, Bolsonaro lidera e Alckmin é o predileto para governador
17/12/2021Presidente é o preferido, mas apoio na cidade caiu, em comparação à votação que teve em 2018
A primeira pesquisa do DataOrla mostra que o presidente Jair Bolsonaro lidera as preferências do eleitor santista, com 27% das intenções de voto. No entanto, o levantamento revela um encolhimento do apoio que o presidente tem na cidade, em comparação ao total de votos obtidos em Santos em 2018 (55,2% no primeiro turno e 71,3% no segundo turno).
O ex-presidente Lula aparece na segunda colocação na pesquisa do DataOrla, com 23% das preferências, seguido pelo ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que tem 20%. Ciro Gomes e João Doria têm, cada um, 7%. Simone Tebet, Cabo Daciolo e Rodrigo Pacheco aparecem com 1%. Responderam que vão votar em branco ou anular 8% dos entrevistados. Não sabem ou não responderam são 5%.
“Diferentemente do contexto nacional, Bolsonaro aparece na frente em Santos, mostrando que a inclinação mais à direita e conservadora do eleitorado santista, que apresenta ainda Sergio Moro tecnicamente empatado com Lula e ainda Doria com 7%, maior do que sua média nacional e estadual. Ao que tudo indica, em Santos a esquerda tem menos chance de ser bem sucedida neste momento”, analisa Jairo Pimentel.
PRESIDENTE
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Cenário indefinido na disputa estadual
Na disputa pelo Governo do Estado, o DataOrla revela também a predileção do eleitor santista pelo ex-governador Geraldo Alckmin: ele lidera dois dos três cenários apresentados aos entrevistados (30% ou 22%). Quando ele não está na disputa, a liderança fica com o ex-governador Marcio França (29%), seguido por Boulos (18%) e Tarcísio de Freitas (13%).
“O cenário de governador ainda está muito indefinido quanto às candidaturas, por isso testamos três cenários. Alckmin e França são os melhores colocados pelo recall positivo que possuem na cidade, mas o candidato de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, também mostra que pode embolar a disputa”, explica o coordenador da pesquisa.
O diretor do DataOrla acredita que o vice-governador, Rodrigo Garcia, ainda é desconhecido mas deve crescer após assumir o mandato, quando Doria se desvincular do cargo, no começo do ano que vem.
“Rodrigo também deve tornar o cenário ainda mais fragmentado, mas enquanto governo deve ser um dos favoritos a ir ao segundo turno, mesmo que hoje apareça com 2% a 4%. Basta lembrar que Márcio França, que assumiu nas mesmas condições quando Alckmin se lançou presidente em 2018, também tinha patamar de voto semelhante e acabou indo para o segundo turno na eleição para o Palácio dos Bandeirantes”, analisa Pimentel.
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