Paulo Schiff
O Santos Futebol Clube vai viver um momento importante no próximo final de semana. Os associados do Peixe vão eleger, no sábado, dia 9, 150 conselheiros e o futuro presidente do clube.
O torcedor santista vem, angustiado, vivendo momentos muito difíceis. Nos últimos 3 anos, os da gestão Andres Rueda, o time colecionou desclassificações precoces nos torneios decididos em confrontos de mata-mata e perambulou sempre perto das zonas de rebaixamento nos campeonatos de pontos corridos: o paulista e o brasileiro.
O presidente atual, Andres Rueda, nesse período trocou várias vezes a direção profissional do futebol e o treinador do time.
Na trajetória secular do Santos, não há nenhum episódio de rebaixamento.
Rueda herdou um time vice-campeão brasileiro com Jorge Sampaoli em 2019 e vice-campeão da Libertadores, com Cuca, em 2020. A queda abrupta nos três anos seguintes machucou muito o torcedor.
Nesse momento, entretanto, apesar da angústia da possibilidade concreta de cair para a Série B no ano que vem nesse finalzinho do Brasileiro, um sopro de esperança anima a lendária Vila Belmiro, um templo do futebol mundial.
Cinco candidatos disputam a eleição e dão uma evidente amostra da saúde politica do clube. A eleição está qualificada.
Marcelo Teixeira, com a experiência de seis mandatos de dois anos cada à frente do clube, alguns deles com conquistas significativas, é uma das opções. Ricardo Agostinho, antenado na modernidade da gestão do futebol e muito bem-sucedido como primeiro embaixador do Santos em São Paulo e Rodrigo Marino, herdeiro de um sobrenome de grandes dirigentes na história do clube, tentam capitalizar o recall da última eleição, em 2020.
Wladimir Mattos traz a vivência empresarial, a experiência na gestão de futebol profissional e conta na chapa do Conselho com a preciosa presença de alguns remanescentes da gestão de Luís Álvaro e Odilio Rodrigues. Maurício Maruca, com a experiência de acompanhar de perto o clube como conselheiro nestes três anos conturbados, representa a novidade.
A construção de uma arena, a recuperação do potencial de formação de grandes jogadores na base, o equacionamento das dívidas e a montagem de um time que retome a tradição internacional do Santos e faça o torcedor esquecer as mágoas e as aflições desses três anos são os desafios que um desses cinco candidatos enfrenta a partir de 01/01/2024.
Boa sorte !!!
