Há um tempo atrás eu vi essa foto e essa história contada no boletim de notícias TV Reação no canal do YouTube, que pertence ao sistema Reação, essa história, que relato aqui fui eu quem trouxe.
Ao diretor de redação da revista Reação Rodrigo Rosso. A relação dessas crianças é notória a naturalidade. Ele tem paralisia cerebral, mesma condição que a minha natureza física, quando eu soube dessa história dessas crianças, foi algo puro inocente e genuíno como podemos perceber na imagem.
Espero eu que essa amizade continue durante a vida adulta dos dois, gostaria de citar os nomes deles, os pequenos Arthur e Heloísa essa história aconteceu, em Teresina no Piauí. Para quem puder procurar no YouTube boletim de notícias TV reação. 25 de maio de 2023 eu recomendo que você assista!
É uma história emocionante. É de fato como você vê na imagem uma amizade sincera
Pode ser loucura? Mais eu vou trazer, um outro olhar para essa foto, ao visualizar essa foto eu percebi a possibilidade de estar nascendo um amor verdadeiro, claro que dependendo da condição cognitiva e sensorial do menino Arthur na vida adulta, se for uma condição cognitiva preservada assim como eu, assim como também na parte sensorial do corpo sabe a diferença entre dor de prazer por exemplo, estou falando à na fase adulta do pequeno Arthur.
Infelizmente só pela imagem não é possível fazer qualquer tipo de análise, mas tem um, porém, não sei se é por causa da mesma condição, ou seja, paralisia cerebral eu me vi dentro dessa história do pequeno Artur e da pequena Heloísa não sei se isso não, que aconteceu comigo é normal?
Não espera de mm, que eu faça desse espaço o muro das lamentações, pois não vou fazer, mas eu vou aproveitar para fazer umas reflexões, que são as seguintes muita gente não gosta quando eu falo sobre a questão de vulnerabilidade, mas eu vou contestar o conceito de vulnerabilidade.
Porque eu considero que há necessidade, de você inverter o conceito na verdade que considera a questão física como característica principal para você poder ter acesso e viver em sociedade.
Quando eu entendo ao contrário, você deve considerar a condição intelectual e cognitiva da pessoa com deficiência, eu não descarto a existência de vulnerabilidade talvez ela vai causar polêmica com que eu vou dizer aqui.
Porém vamos lá, para mim vulnerável é aquela pessoa que passa boa parte do tempo do seu dia a dia a camada eu sei que não é o que diz a lei estou aqui apenas manifestando minha opinião você pode discordar ou não de mim?
Não significa que não exista dificuldades no dia a dia, da pessoa com deficiência, que por exemplo precisa de auxílio, para algumas atividades diárias, como levantar da cama para a cadeira de rodas, precisa ir no banheiro com a mesma ajuda.
Não sei se devo confessar que eu vou dizer aqui, mas o fato é que fazem dois anos e meio que eu convivo com a ausência da minha mãe, eu vou dizer uma coisa, para você que acessa minha coluna, tudo que acontece comigo que eu entendia antes como uma característica que pertencia a minha condição física, hoje eu tenho dificuldade da aceitação talvez seja pela minha idade 37 anos e outra coisa me disseram uma vez, paralisia cerebral é uma condição degenerativa, eu não sei se é verdade o que a presidente da entidade onde eu fazia fisioterapia me disse ao sair na festa, repito não sei se é verdade? Mas também eu não tive coragem de pesquisar.
Por exemplo, eu faço dois anos e meio, que eu me pergunto, se realmente eu precisava, nascer com algum tipo de deficiência, como a paralisia cerebral, não estou discutindo é um fato, mas será que não faria o mesmo efeito, ter adquirido outro tipo de deficiência? Se eu tivesse mobilidade suficiente, no meu corpo, para que por exemplo eu pudesse ir no banheiro sozinho, talvez a minha vida fosse um pouco mais fácil ou não? Mas Deus quis assim eu não estou reclamando.
Por isso não importa, o que me deixa realmente muito puto da vida, é o seguinte as pessoas sempre me perguntam a mesma coisa, por que você não corre atrás do LOAS ou BPC? Eu vou dizer pela última vez, porque o (BPC) benefício de prestação continuada é o símbolo da cultura assistencial no que diz respeito a pessoa com deficiência isso não depende de governo porque todos na verdade defendem a mesma coisa no sentido da política pública, se dê por feliz porque você está respirando isso já é suficiente não enche o saco quero aqui deixar uma coisa bem clara, não tenho nada contra quem recebe .
Deixa eu dizer uma outra coisa, do jeito que a lei orgânica da assistência social (LOAS) se configura não permite que nós pessoas com deficiência nos desenvolvamos socialmente, de acordo que e nós nossas famílias, queremos para as nossas vidas, por exemplo não permite praticar esporte porque isso pode gerar renda o que significa um cativeiro social..
Mas tem outra coisa, que me incomoda bastante que a sociedade, amém jpp e nós precisamos discutir, se a pessoa com deficiência, deve ser limitada no seu alcance de onde podemos chegar? Esse limite depende única exclusivamente das pessoas com deficiência, e nossas famílias?
Porque tem outra coisa que fazem muito comigo, principalmente, em conversas ,no meu círculo mais íntimo seja amigo ou familiar, por causa da paralisia cerebral a mesma questão Você é vulnerável é protegido pela lei ,que não sei o que eu disse a última vez que me falaram sobre vulnerabilidade, porque levantaram a possibilidade de procurar o conselho tutelar me deram essa orientação, eu falei” que pela minha idade 37 anos, no meu caso não seria mais de responsabilidade de conselho tutelar, e sim do ministério público”
Mas em relação ao mundo e a sociedade em que eu vivo o sentimento de não pertencimento ele está cada vez mais presente no meu dia a dia, A gente vive numa sociedade em que eu não me encaixo não me encaixo não me vejo , o poder judiciário vai querer legalizar o aborto o aborto isso me dá um negócio no peito no estômago, cada dia que passa eu tenho certeza que eu não sou daqui meu sentimento ,
Sentimento de que eu não sou desse tempo passar sempre existiu dentro de mim, mas agora estou mais forte do que nunca meu espírito é velho.
Você quer saber a verdade? Você precisa resolver o que é o conceito, de vulnerabilidade porque se você usar como critério de vulnerabilidade a natureza neurológica, então tira das famílias a responsabilidade a tutela, e passa para o estado para o governo.
Confesso que fui agressivo, é um protesto contra uma característica da sociedade, em geral que eu encontro em todo tipo de conversa com algumas pessoas que usam do expediente da maldade para infantilizar a pessoa com deficiência.
É uma sugestão que eu faço, que o estado deveria ter uma política pública, para assumir de fato a responsabilidade com os cuidados das pessoas com deficiência, de que forma dando custeando o pagamento de cuidador, se nós somos tão vulneráveis assim?
Coisa que eu não acredito e nunca acreditarei até o fim da minha vida. Acredito sim que cada deficiência ou condição física como eu chamo deve ser tratada caso a caso, de acordo, com as suas características, para concluir eu me preocupo isso sim com aquelas pessoas com deficiência, que não tem pai ou mãe como responsável.
Por isso deixo um conselho a você pai ou mãe que que possa ler o que eu estou dizendo prepare o seu sucessor natural ou então construa com seu filho ou filha uma estrutura que atenda, as necessidades para auxiliar o seu filho ou filha com deficiência de acordo com a condição física dele ou dela, para a sua ausência porque um dia você vai embora.
Só um recadinho tem continuação tá ok?
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