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Dengue: Todo cuidado é pouco

16/02/2024
Isabella Carrari / PMS

Mais um verão e o mesmo assunto se mantém: um mosquitinho preto com listras brancas responsável por doenças muito maiores que seu próprio tamanho. No Brasil, o Aedes Aegypti é o vetor da Dengue, doença que já causou 62 óbitos confirmados e mais de 4 mil casos graves em 2024. Além disso, mais de 400 mil casos estão em investigação.

Em Santos já são 7 casos de dengue confirmados e 2 de Chikungunya. A cidade está em alerta para os casos da doença. Só no período entre a primeira semana de janeiro e a primeira semana de fevereiro já foram identificados e eliminados 609 focos com larvas pelos agentes do município. O número equivale a 22,4% de tudo o que foi eliminado em 2023 e a 39,3% do total eliminado no ano retrasado. Cerca de 75% dos criadouros estão localizados dentro das residências.

Em razão dos números preocupantes, o Ministério da Saúde ampliou para R$ 1,5 bilhão os recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências.

O Brasil é o primeiro país do mundo a disponibilizar uma vacina contra a dengue em sua rede pública de saúde, os imunizantes já estão sendo distribuídos para as cidades e a vacinação será iniciada pelas crianças na faixa dos 10 a 11 anos. Mas o combate a esse mosquito é feito das formas mais simples possíveis e depende tanto da ação de cada cidadão quanto de ações governamentais.

A principal forma de prevenção da Dengue, Zika e Chikungunya, os chamados Arbovírus transmitidos pelo mosquito, é a remoção de água parada. São nesses focos que acontece a reprodução desses insetos. Da fase dos ovos até a adulta demoram apenas 10 dias. Um mosquito adulto pode viver até 30 dias.

É importante lembrar que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à infecção, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

É dengue ou gripe?

Febre, dor de cabeça, mal-estar e fraqueza. Esses são alguns sintomas comuns de várias doenças, a exemplo da dengue e da gripe. Então, como diferenciar as duas enfermidades?

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Já a gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, mais comumente transmitido durante o período do inverno. Os sintomas geralmente aparecem de forma repentina, como febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo e dor de cabeça. Geralmente, tem resolução espontânea em aproximadamente sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento adequado.