A degradação do meio ambiente e o processo de globalização aumentam os riscos de o planeta sofrer com uma nova pandemia, como a do novo coronavírus.
O alerta é do epidemiologista Fábio Mesquita, que vinha atuando na Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, o cenário preocupa a ponto de a entidade criar uma estrutura exclusivamente voltada para prevenir epidemias que possam surgir.
Entre os fatores ambientais que potencializam o surgimento de doenças epidêmicas, que podem se tornar uma epidemia, ele destaca a destruição de matas nativas, contaminação de rios e ocupação desordenada de centros urbanos.
Mesquita destaca que a globalização potencializa a disseminação de doenças, uma vez que pessoas e mercadorias transitam em maior quantidade e rapidez pelas mais diversas partes do mundo.
O especialista explica que já houve outras epidemias de coronavírus, mas não com uma dimensão planetária.
“Antes da covid, outros sete coronavírus que tinham circulado, dois deles tinham feito um certo ‘strike’, mas um ‘strike’ localizado. O SARS, que ficou localizada na Ásia, e o da MERS, no Oriente Médio. Esse novo coronavírus se espalhou pelo planeta todo”.
Para Fábio Mesquita, o enfrentamento da situação passa pela preservação do meio ambiente, com ações individuais de cada indivíduo, na mudança de hábitos; e também políticas públicas governamentais. Ele ressalta também a importância das vacinas, que são seguras e eficazes.
