Por 3 a 2, o Dale Capela Kids (DCK), do Rádio Clube, venceu nos pênaltis a Escolinha Anderson Senna (EAS), do Bom Retiro, e conquistou a Taça das Favelas, primeiro torneio de futebol promovido pela Cufa (Central Única das Favelas), encerrado na tarde de domingo (27/3), no campo da Portuguesa Santista – Ulrico Mursa.
O time campeão recebeu o troféu das mãos do secretário de Esportes Gelásio Ayres Fernandes Jr., e fez festa no tablado, entoando, a plenos pulmões, o hino do Dale Capela. Na arquibancada, o meio-campista Gilberto Costa e Serginho Chulapa, grandes nomes do Santos Futebol Clube nos anos 1970 e 1980, respectivamente.
Matheus, João e Henry balançaram a rede pelo DCK, levantando o público presente a esse torneio de futebol de campo presente em todos os estados brasileiros, considerado o maior entre comunidades do mundo. No país, participam cerca de 100 mil jovens de 14 a 17 ano, de mais de 5 mil favelas – o regulamento permite três jogadores de até 18 anos em cada time.
Melhores
O troféu de melhor goleiro ficou com Gabryel Henrique (EAS), enquanto o de melhor atacante foi para Matheus Jesus (DCK), que cravou 14 gols na competição, iniciada em 26 de janeiro. Não houve gols no tempo regulamentar de 100 minutos, com o juiz tirando o cartão amarelo para Matheus (EAS) e Riquelme (DCK) ainda no 1º tempo.
A partida contou com arquibancadas lotadas, fogos de artifício, bandeiras, bateria para garantir o ritmo, muita empolgação do público e, claro, muitas palavras de incentivo por parte de familiares e amigos dos atletas. Deraldo Silva, presidente da Cufa Baixada Santista, era uma alegria só, ao ver a participação do público. “É uma felicidade muito grande incluir esses jovens na comunidade e ver alguns meninos que vieram de medidas socioeducativas retornarem à escola para construir um futuro de mais oportunidades.” Rouco depois de tanto orientar as jogadas, o técnico do DCK lembrou o trabalho duro para alcançar a vitória. “Foi um trabalho árduo, de muita luta, incentivando essas crianças a ingressar no esporte e evitar o tempo ocioso na favela.