A Secretaria Municipal de Saúde de Santos elencou uma série de orientações para o combate e prevenção da obesidade infantil na Cidade. No Brasil, mais de 340 mil crianças entre cinco e 10 anos são consideradas obesas segundo o Ministério da Saúde, correspondendo a 9,4% do total de meninas e 12,4% do total de meninos.
A obesidade infantil é a porta de entrada para as doenças crônicas não transmissíveis como câncer, doenças do aparelho circulatório, diabetes mellitus, doenças do aparelho respiratório.
Como saber
Para avaliar se a criança tem sobrepeso ou obesidade, são realizadas avaliações nutricionais na consulta de pediatria. Para crianças de zero a cinco anos, devem ser utilizados os gráficos de curva de crescimento propostos pela Organização Mundial de Saúde e separados por sexo. Eles vão indicar, além do índice de massa corporal (IMC), o desenvolvimento adequado de peso e altura por idade.
Dos cinco aos 10 anos, os gráficos de curva de crescimento da Organização Mundial de Saúde têm a mesma proposta, porém adaptada. Nessas duas faixas etárias, as crianças serão classificadas de acordo com o estado nutricional, dentro da curva de crescimento.
“A OMS também indica o uso da curva de crescimento até os 19 anos, porém já podemos começar a pensar no uso da avaliação nutricional a partir dos 14 anos, com os mesmos critérios que usaríamos para os adultos, que é pelo índice de massa corporal”, explica Juliana Cabral, nutricionista e articuladora de doenças crônicas não transmissíveis da Secretaria de Saúde de Santos.
Dicas
Gestação/bebês
A alimentação da criança deve ser pensada desde a gestação
Durante a gestação, as mães devem manter alimentação saudável, se possível sem alimentos gordurosos, ricos em sal e açúcar e ultraprocessados. Procure ajuda de um profissional de saúde
A alimentação da mãe durante a amamentação é de extrema importância. Priorizar alimentos in natura e beber muita água
Durante a introdução da alimentação complementar do bebê, priorizar os alimentos in natura, cozidos separadamente, sem sal e açúcar, amassados separadamente, para manter características e sabor. Procure ajuda de um profissional de saúde
Evitar, até os dois anos de idade, a introdução de qualquer tipo de açúcar (incluindo mel), produtos industrializados como salgadinhos, macarrão instantâneo, sucos, entre outros. Na dúvida, procure ajuda de um profissional de saúde
Dicas gerais
“Regra de Ouro” – Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados
Quando possível, levar as crianças para feira ou locais de compra das frutas e verduras. Com isso haverá maior interação e reconhecimento dos alimentos
Estimular a crianças a praticar atividade física, de acordo com a faixa etária
Reduzir a frequência do uso de televisão ou outras telas durante as refeições
Priorizar o tempo e a qualidade de sono da criança é fundamental para a manutenção do peso adequado
As refeições, quando possível, devem ser feitas em família
Comer com regularidade e atenção, comer em ambientes apropriados, comer com companhia
Incentivar o tempo de mastigação dos alimentos
Reconhecer os sinais de fome e saciedade. Procure ajuda de um profissional de saúde
Manter e promover a boa saúde mental das crianças (autoestima, boa relação à imagem corporal, associar qualidade de vida e bem-estar)