Com pulseira eletrônica, programa em Santos atende idosos que vivem sozinhos

Giuseppa Adamo Di Vaio, de 75 anos, moradora do bairro José Menino, vive sozinha e sofreu um acidente no último mês de março dentro de casa. Ela teve dificuldades para chamar ajuda, mas desde a sua entrada no Programa Televida, da Prefeitura de Santos, ocorrida após o susto, as preocupações têm sido menores para ela e a família. “Eu estava precisando e hoje não tenho mais esse tipo de problema”.

A tranquilidade ocorre porque nos momentos em que necessitar de ajuda, basta ela apertar um botão de emergência (à prova d’água) localizado em pulseira ou colar, que são disponibilizados pelo Programa Televida. Automaticamente, a central de atendimento, que funciona 24 horas, é acionada e o idoso relata o que está sentindo por meio de sistema viva-voz conectado em toda a casa a partir de aparelho instalado em telefone fixo.

Público
O Televida é destinado a idosos com mais de 60 anos, que moram sozinhos ou passam a maior parte do tempo sem companhia em suas moradias e possuem alguma doença crônicas. Para se inscrever no programa, o idoso, familiar ou amigo próximo deve procurar a policlínica de referência da moradia do interessado em ingressar no programa. É necessário que o paciente seja acompanhado pela unidade de saúde há, pelo menos, seis meses.

Após a solicitação de entrada no programa, um agente comunitário de saúde realiza visita domiciliar na residência do solicitante para confirmação dos dados informados na policlínica. O programa não aceita pacientes com doenças neurológicas como Alzheimer e demência, por não serem capazes de operar o serviço corretamente.

Contato
Os atendentes avaliam a situação do paciente após a realização de algumas perguntas e, se necessário, aciona pessoas da lista de contatos do idoso, estabelecida em sua entrada no programa, ou o Samu, Corpo de Bombeiros ou Polícia, em casos emergenciais. A central também entra em contato semanalmente para verificar o funcionamento do aparelho, além de fazer perguntas sobre a condição de saúde do usuário.

O secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, lembra que cerca de 20% da população santista tem mais de 60 anos. “Nosso dever é disponibilizar cuidado em saúde considerando as necessidades e realidade de cada pessoa. O Televida iniciou como um projeto-piloto e depois se tornou política pública permanente devido à importância para os idosos e suas famílias. É um programa que já ajudou a salvar várias vidas”.