Saúde

Campanha alerta sobre riscos de exposição solar

15/12/2023
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Dezembro é o mês em que se inicia a estação mais quente do ano. E marca também a campanha Dezembro Laranja, promovida anualmente pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para conscientizar a população sobre o câncer de pele, quanto aos riscos da exposição inadequada da exposição solar.

Além do protetor solar

A exposição excessiva ao sol tem grande ligação com o surgimento do câncer de pele, que se caracteriza pelo crescimento descontrolado e anormal das células desse órgão. Mas quando o assunto é a prevenção, os cuidados vão muito além do uso do filtro solar.

A médica dermatologista da Associação Paulista de Medicina de Santos (APM Santos), Dra. Marcela Martins, ressalta os principais cuidados. “Para a prevenção do câncer de pele é fundamental evitar a exposição solar das 10 às 16 horas.

O uso de roupas com proteção solar e acessórios como chapéu, boné, óculos de sol também são imprescindíveis”.

Estatísticas

No Brasil, o câncer de pele é um dos tipos mais comuns da doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele mais frequente no Brasil é o não melanoma e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

A médica explica que o tipo não melanoma é o mais frequente e menos agressivo, conhecido como carcinoma, mas, se não for tratado precocemente, pode resultar em ressecções amplas e disfunção estética. Dra. Marcela explica que existem dois tipos de carninona, o basocelular e o espinocelular, sendo o primeiro mais frequente. “O carcinoma espinocelular não é tão bonzinho. Ele tem uma prevalência intermediária e requer mais cuidados e acompanhamentos, pois também pode dar metástase”. A especialista acrescenta que o câncer do tipo melanoma é mais raro e também mais agressivo, mas tem boas chances de cura quando detectado em fase inicial.

Sintomas, fatores de risco e prevenção

A dermatologista orienta que todos fiquem sempre atentos aos sinais que possam aparecer na sua pele, como manchas que coçam, descamam ou sangram. “Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor também merecem atenção. Outro sinal muito importante é o aparecimento de pintas novas, escuras e de crescimento rápido”.

Pele clara, olhos claros, cabelos claros, histórico de queimaduras e presença de múltiplas pintas estão entre outros os principais fatores de risco, além de hereditariedade e doenças de pele prévias.

Prevenção desde a infância

A infância e a adolescência são os períodos de maior exposição solar da vida. “Por isso, é tão importante as mães já criarem o hábito do uso do filtro solar. Essa conscientização no início da vida é fundamental”.

Dra. Marcela ressalta ainda que a prevenção é sempre a melhor opção. “A exposição inadequada ao sol ao longo da vida aumenta o risco para o câncer de pele, especialmente entre as pessoas do grupo de risco”. A especialista orienta que todos usem protetor solar também em dias nublados e façam visitas regulares ao dermatologista. “Sempre que possível, é importante uma visita anual ao especialista. Muitas vezes, os pacientes vão ao consultório com outras queixas, como verrugas ou alergias, e no exame clínico eu acabo encontrando uma outra lesão”, finaliza a dermatologista.