Neste domingo (28/8), Santos ampliou o cerco contra a leishmaniose visceral canina. De forma preventiva, 117 animais que vivem em imóveis no Morro do Marapé receberam coleiras repelentes, que têm objetivo de afugentar os insetos que transmitem a doença. Em alguns casos, foi feita a troca do acessório anterior e, em outros, o primeiro encoleiramento.
À base de fipronil, piriproxifeno e permetrina, a nova coleira tem duração de 8 meses. Após este período, a troca é realizada pela Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses. Nas ações anteriores, foram utilizadas coleiras de imidacloprida e flumetrina, também com 8 meses de duração.
“A alternância de compostos repelentes é importante. Há boas experiências em outras regiões do País”, destaca Alexandre Nunes, veterinário da Sevicoz.
O protozoário causador da leishmaniose visceral canina é transmitido pelo mosquito-palha, sendo mais comum o da espécie Lutzomyia longipalpis. Porém, esta espécie não foi localizada em Santos, após diversas ações em campo. A Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (Sucen) afirma que a transmissão se dá por ‘vetores secundários’, ou seja, mosquitos-palha de outras espécies.
O encoleiramento não é realizado de forma aleatória. Recebem o acessório apenas os cães que moram em um raio de 100 metros de distância dos infectados, além dos que já estão acometidos pela doença, para evitar novas transmissões. Nas próximas semanas, a Secretaria fará outras ações de encoleiramento. A aquisição do acessório, ao custo de cerca de R$ 150 mil, foi realizada a partir de emenda parlamentar destinada pelo vereador Benedito Furtado.
Desde 2015, Santos já registrou 130 casos de leishmaniose visceral canina. Atualmente, 36 cães convivem com a doença na Cidade, recebem tratamento e são monitorados.
Sintomas da leishmaniose
Os sintomas, que costumam aparecer de dois a três anos após a infecção pelo parasita, são: pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com o avanço da doença, órgãos internos como fígado, baço e pulmão, são afetados.
Munícipes cujos cães apresentem sintomas de leishmaniose visceral canina devem procurar atendimento veterinário. Na rede pública, a opção é a Codevida (Av. Francisco Manoel s/nº – Jabaquara), de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Telefones: (13) 3203-5593 e (13) 3203-5075.