Santos

Busca ativa de tuberculose realiza mais de 250 testes

30/04/2024
Marcelo Martins/ PMS

Na última semana, o Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CCDI) de Santos iniciou a iniciativa de busca ativa da tuberculose em todas as policlínicas da cidade, no Ambesp Nelson Teixeira e no Serviço de Atendimento Adulto. Um total de 269 testes foram administrados aos munícipes que relataram tosse persistente por três semanas ou mais, independentemente de ser seca ou produtiva.

Como resultado dessa campanha, 11 testes revelaram-se positivos, levando imediatamente ao início do tratamento gratuito, realizado com supervisão médica e administração de medicamentos nas próprias policlínicas. Além disso, as unidades de saúde desencadearam uma busca ativa entre familiares e contatos próximos dos pacientes diagnosticados positivos, visando prevenir a disseminação da doença, dado seu alto potencial de transmissão.

Vale ressaltar que o teste para tuberculose está disponível ao longo do ano na rede de saúde de Santos para qualquer cidadão que manifeste os sintomas indicados. Embora tosse persistente seja o sintoma mais comum, outros sinais como febre, suores noturnos, perda de peso e falta de apetite também podem ocorrer, embora não sejam universais em todos os casos.

A tuberculose, uma doença que requer monitoramento e tratamento constantes, registrou 127 novos casos em Santos durante o ano de 2024, enquanto no ano anterior foram identificados 490 casos na cidade.

A forma pulmonar da tuberculose é a mais prevalente e altamente contagiosa, transmitida por gotículas liberadas na tosse, fala ou espirro de um indivíduo infectado. Essas gotículas, portadoras dos bacilos causadores da doença, incluindo o Mycobacterium tuberculosis, podem permanecer suspensas no ar por várias horas, facilitando assim a transmissão.

Os medicamentos necessários para o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento requer uma duração mínima de seis meses, com a administração supervisionada da medicação nas policlínicas. É crucial seguir o tratamento até o fim para evitar o surgimento de cepas resistentes, o que poderia exigir uma nova terapia. Em casos de resistência grave, a internação do paciente pode ser necessária.

De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa infectada pode contagiar de dez a 15 indivíduos em um ano, em média, dentro de uma comunidade. A transmissão é mais provável durante a fase em que o paciente elimina os bacilos. No entanto, com o início do tratamento, a disseminação da doença tende a diminuir progressivamente. Indivíduos imunossuprimidos são particularmente suscetíveis à infecção por tuberculose.

Manter ambientes bem ventilados é fundamental, já que a exposição ao sol e a circulação do ar contribuem para a dispersão das partículas infecciosas. Pessoas com suspeita de infecção ou com diagnóstico confirmado devem usar máscaras até que os exames indiquem que não há mais risco de transmissão.