A hiperplasia prostática, ou aumento da próstata, é um problema que atinge ao menos 50% dos homens acima dos 50 anos e mais de 80% entre 70 e 80 anos, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Urologia. A doença é uma condição genética onde ocorre o crescimento da próstata ao decorrer dos anos. Só em 2022 o SUS realizou 22 milhões de atendimentos relacionados a essa doença.
O médico urologistas Fábio Atz ressalta que o problema é benigno, mas que pode acarretar em desconfortos. “A hiperplasia pode acarretar na dificuldade de urinar, causando um jato fraco além de dificuldade ou esforço para esvaziar a bexiga. Em casos mais graves pode ocorrer retenção urinária com necessidade de drenagem urgente”, afirma.
Alguns outros sintomas que ajudam a identificar a problema são jato urinário intermitente e prolongado, sensação de resíduo urinário após a micção, gotejamento terminal de urina, aumento da frequência urinária, necessidade de acordar à noite para urinar.
Muitos homens tendem a negligenciar sua saúde e podem acabar se acostumando com a situação, porém Atz alerta que é extremamente importante buscar um médico ao perceber qualquer dificuldade ao urinar. “Apesar da evolução ser lenta, é indicado fazer o acompanhamento para evitar que chegue em um quadro mais grave”.
Não é possível prevenir a doença já que se trata de uma condição genética, dessa forma torna-se necessário visitar um urologista com frequência já que a doença é diagnosticada pelo exame de toque retal e por ultrassonografia.
Uma vez diagnosticado, é necessário conversar com o urologista para decidir se apenas é necessário a observação, a intervenção medicamentosa ou então cirúrgica. “A cirurgia é a forma de tratamento mais efetiva ainda mais com as inúmeras tecnologias disponíveis que possibilitam procedimentos menos invasivos, com recuperações mais rápidas e resultados duradouros”, pontua Atz.
O crescimento da próstata, em alguns homens, passa a comprimir esta porção da uretra, por um efeito de massa, mesmo. Dessa forma a bexiga passa a realizar um maior esforço de contração para eliminar a urina.
Com o passar dos anos, esta bexiga sofrerá um desgaste e adaptações que poderá se manifestar com uma maior reatividade, levando ao quadro de bexiga hiperativa, ou então entrar em falência, evoluindo com a retenção urinária. Além de que o maior resíduo de urina aumenta o risco de infecções e formação de cálculos.