As Orações Diárias Atribuídas a Cada Um dos Nossos Patriarcas: Shacharit – Minchá – Maáriv

A reza (hebraico: תְּפִילָּה, tefillah) é a recitação de orações que faz parte da observância do judaísmo rabínico. Essas orações, geralmente com instruções e comentários, são encontradas no Sidur, o livro de orações tradicional judaico.

A oração, como um “serviço do coração”, é, em princípio, um mandamento baseado na Torá. É obrigatório para mulheres e homens judeus. No entanto, a exigência rabínica de recitar um texto de oração específico diferencia entre homens e mulheres: os homens judeus são instados a recitar três orações por dia dentro de intervalos de tempo específicos (zemanim), enquanto, de acordo com muitas abordagens, as mulheres são obrigadas a orar apenas uma ou duas vezes por dia e podem não ser obrigadas a recitar um texto específico.

Tradicionalmente, três serviços de oração são recitados diariamente:

· Oração da manhã: Shacharit ou Shacharit (שַחֲרִית‎, “do amanhecer”)
· Oração da tarde: Minchá (מִנְחָה‎), é a homenagem à oferta dos sacrifícios no Templo em Jerusalém,
· Oração da noite:[4] Arvit (עַרְבִית‎, “da noite”) ou Ma’ariv (מַעֲרִיב‎, “trazendo a noite”)

De acordo com o Talmud, os Avot (antepassados) instituíram as três orações diárias:

· Abraão — Shacharit, a oração da manhã.
· Isaac — Minchá, a oração da tarde.
· Jacó — Ma’ariv, a oração da noite.

Rav Kook escreveu que cada uma dessas três orações tem sua própria natureza especial. Essa natureza é uma função tanto do caráter daquela hora do dia quanto do espírito penetrante do patriarca que oraria naquele momento.

Abraão, o primeiro judeu, estabeleceu a primeira oração do dia (Shacharit). Ele orava ao amanhecer, de pé diante de Deus:

“Abraão ergueu-se cedo pela manhã, [retornando] ao lugar onde estivera diante de Deus.”

Com a montagem da primeira liturgia completa para a sinagoga — Seder Rav Amram Gaon no século IX — o conteúdo de todos os três serviços expandiu-se significativamente em amplitude e profundidade.

Em termos de conteúdo, Shacharit é o mais extenso dos três serviços. As orações matinais começam com uma série de bênçãos destinadas a iniciar o processo de agradecer a Deus por nossas necessidades mais básicas.

A segunda oração – Florescimento da Alma à Tarde – iniciada por Isaac, é recitada evidentemente à tarde. Esta é a hora em que as atividades temporais do dia terminam, e somos capazes de limpar nossas mentes das distrações do mundo.

A Torá caracteriza a oração da tarde de Isaac como sichá (meditação): “Isaac saiu para meditar no campo ao anoitecer” Esta é uma metáfora adequada para esta oração, quando a alma é capaz de crescer e florescer naturalmente. Minchá não tem nenhum senso natural de obrigação ou gratidão associado a ela. Minchá é um presente especial que oferecemos a Deus.

Ma’ariv é a Revelação Espontânea da Noite. Deixando a casa de seus pais, Jacó parou para passar a noite em Betel. Lá sonhou com anjos subindo e descendo e promessas divinas. Jacó acordou impressionado; ele ainda não estava ciente da santidade de seu acampamento.

“Ele encontrou o lugar por acaso e passou a noite, pois de repente anoiteceu.

A qualidade especial de Ma’ariv é a experiência espiritual além do nível ao qual a alma está acostumada. É um momento especialmente receptivo a elevações extraordinárias da alma, incluindo profecia e níveis próximos a ela.

Ao contrário das outras duas orações, a oração da noite não é obrigatória. Por sua natureza sublime, esta oração não deve ser sobrecarregada por nenhum aspecto de obrigação rotineira.

Ao comentar o significado desta declaração de que Maariv é “ein la keva”, o Talmud diz que o serviço de Maariv é reshut, o que significa que é opcional, ao contrário de Shacharit e Minchá, que são chová, ou obrigatórios.

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