A história das 12 tribos começou no Egito.
As Doze Tribos de Israel referem-se aos filhos do Patriarca Judeu Yaacov e são importantes para as linhagens tribais daqueles que constituíram a nação de Israel. No mundo antigo, todos os grupos étnicos desenvolveram histórias de seus ancestrais no que são conhecidos como alegorias de fundação, pois as linhagens sanguíneas eram importantes na manutenção da linhagem ancestral e forneciam status como marcadores de identidade.
Como as tribos receberam o nome de filhos ou netos de Yaacov, cujo nome foi mudado para Israel depois que ele lutou com um anjo de Deus, o povo hebreu ficou conhecido como israelita.
A história das doze tribos começa quando Yaacov e sua família desceram ao Egito como “70 almas”. No Egito “os israelitas eram férteis e prolíficos; eles se multiplicaram e aumentaram muito”, e ali eles se tornaram o “povo israelita”. Após a morte de José – um dos filhos de Yaacov que se tornou vice-rei do Egito, o Faraó oprimiu os israelitas, colocando sobre eles um trabalho pesado.
No entanto, Deus “lembrou-se de sua aliança com Abraham, com Itzchac e com Yaacov”, deu-se a conhecer a Moshe e resgatou os israelitas do Egito. A essa altura, a nação contava com “600.000 homens a pé”, o que geralmente é entendido como homens em idade militar, excluindo mulheres e crianças.
No Monte Sinai, a nação israelita recebe suas leis e regulamentos – a Torá – e consagra sua aliança com Deus.
As doze tribos eram Reuben, Simeon, Levi, Judah, Dan, Naphtali, Gad, Asher, Issachar, Zebulun, Joseph e Benjamin.
A ordem de nascimento era importante na prática da primogenitura, ou seja, o filho mais velho herdando a maior parte dos recursos do pai, e depois a distribuição seguindo a classificação dos demais.
Na narrativa bíblica, após a morte de José no Egito, sua porção foi dada a seus dois filhos, Manasseh e Efraim. O status de cada filho foi posteriormente coordenado nos territórios tribais que receberam em Canaan.
Depois de conquistar a terra, cada tribo recebeu um território individual para se estabelecer. Durante este período de colonização e o período subsequente dos Juízes, não havia um padrão predeterminado de liderança entre as tribos, embora várias crises forçassem as tribos a uma ação cooperativa contra os inimigos.
Entretanto, a aliança entre as doze tribos e sua consciência da unidade nacional fluindo do parentesco étnico e da história comum, fé e práticas sacras tiveram sua origem no período anterior à conquista da terra.
Com Canaan conquistada, mas sob o impacto das pressões militares, os israelitas se sentiram compelidos a recorrer ao Juiz Samuel com o pedido de que ele estabelecesse uma monarquia.
É impossível designar sequer uma guerra contra inimigos externos durante o período dos Juízes em que todas as tribos atuaram em conjunto. De fato, há indícios de brigas e disputas intertribais.
A esse respeito, há estudiosos que sustentam que os juízes não eram líderes nacionais pantribais, mas chefiavam apenas tribos individuais ou grupos delas.
Foi somente no final do período dos Juízes, quando a pressão filisteia sobre as tribos israelitas aumentou no oeste e sobre os povos da Transjordânia no leste, que a confederação tribal religioso-nacional assumiu dimensões políticas e militares. Foi quando Saul foi coroado para governar todas as tribos de Israel.
O filho de Saul foi aceito por todas as tribos como o novo rei, exceto Judá e Simeão, que preferiam Davi.
A luta de Davi com a casa de Saul terminou em vitória para ele e todos os anciãos se voltaram para Davi e para a liderança real. Ele governou de Hebron e depois de Jerusalém sobre todas as tribos de Israel e após sua morte foi sucedido por seu filho, Salomão.
Após a morte de Salomão, as tribos mais uma vez se dividiram em linhas territoriais e políticas, com Judá e Benjamim no sul leais à casa davídica e o resto das tribos no norte governadas por uma sucessão de dinastias.
Cada tribo teve sua jornada específica. Para entender esses doze caminhos, devemos estudar as diferentes maneiras pelas quais as tribos são descritas na Torá. Encontramos três descrições para elas.
Primeiro, quando são nomeados por suas mães, cada criança/tribo recebe um nome com um significado particular por uma razão específica.
Segundo, quando Yaacov os abençoa antes de falecer.
E, finalmente, quando Moshe os abençoa no final da Torá.
Além disso, as tribos são nomeadas e especificadas muitas vezes na Torá – quando entram no Egito, quando saem do Egito, durante sua jornada de 40 anos pelo deserto do Sinai, elas viajam e acampam como tribos, suas oferendas de dedicação ao Templo são repetidas doze vezes.
Aqui está uma das muitas aplicações desse caminhos, baseadas principalmente nas bênçãos de Yaakov.
Reuven – O Primeiro
Shimeon – O Agressor
Levi – O Clérigo
Judá – O Líder
Dan – O Juiz
Naftali – O Espírito Livre
Gad – O Guerreiro
Asher – O próspero
Issachar – O Erudito
Zebulun – O Empresário
José – o sofredor e seus filhos (Menashe – Reconexão Efraim – Transformação)
Benjamin – O consumidor voraz.
Cada uma das doze tribos gozava de bastante autonomia, ordenando seus próprios assuntos segundo o padrão patriarcal-tribal. Sem dúvida havia instituições administrativas comuns a todas as tribos, situadas ao lado dos santuários centrais, embora as informações sobre elas sejam extremamente escassas.
As tribos israelitas consolidaram-se então como uma entidade nacional-territorial cristalizada no quadro de um regime monárquico.
Davi, Salomão e depois os reis de Israel e Judá tenderam a enfraquecer a consciência tribal em favor da organização territorial e monárquica.
É evidente, no entanto, a partir da visão de Ezequiel, que a consciência de Israel como um povo composto de doze tribos não havia, mesmo então, se apagado.
A grande maioria dos judeus de hoje não sabe de qual tribo eles são. No entanto, existem muitos judeus cujas famílias mantiveram sua identidade como levitas ou kohanim (sacerdotes judeus). Há apenas um pequeno punhado de famílias de outras tribos que sabe de qual tribo seus antepassados eram.
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