Bom Remédio

As diferentes formas de apresentação dos medicamentos

27/03/2014
As diferentes formas de apresentação dos medicamentos | Jornal da Orla
Nos dias de hoje, as bulas estão melhores, mas também já provocaram estranhamento em muita gente. Uma informação importante, que ainda causa problema, é sobre a forma farmacêutica, que é a maneira como o medicamento se apresenta. Comprimidos, drágeas, pomadas e cremes, essas e outras formas são indicadas para situações específicas. Tecnicamente falando, as formas farmacêuticas se dividem em sólidas, semissólidas e líquidas.
Dentre as sólidas, as mais conhecidas são os comprimidos, as drágeas e as cápsulas. Os comprimidos são formado por uma mistura de pós prensados por uma máquina especial. A composição dos comprimidos é feita por um, ou mais de um, princípio ativo, o qual tem o efeito terapêutico, além das substâncias adjuvantes. Essas últimas são necessárias para garantir a funcionalidade do comprimido. É preciso permitir a moldagem do comprimido. É fácil perceber que o amido de milho, substância realmente usada nos comprimidos, é mais facilmente moldável que o talco, por exemplo.
Por outro lado, também é preciso que o comprimido se desfaça no trato digestório. Para isso, são adicionadas substâncias desagregantes. Essas substâncias, quando em contato com o líquido gástrico, inflam e permitem que o comprimido se desfaça, liberando o princípio ativo. As fórmulas líquidas são mais rapidamente absorvidas porque não precisam desse processo de desagregação. O princípio ativo já está disponível.
As drágeas são comprimidos que foram revestidos com uma camada especial que se dissolverá totalmente apenas no intestino delgado, evitando a exposição do princípio ativo ao meio extremamente ácido do estômago. Serve também para evitar a liberação de substâncias que provoquem irritação na mucosa do estômago. Por causa dessa função, as drágeas nunca devem ser trituradas. Elas precisam ser deglutidas inteiras.
As cápsulas também são classificadas como sólidas. Há três tipos delas: amilácea, duras e moles. A cápsula amilácea tem importância histórica. Ela é formada por duas peças de amido que se dissolvem no estômago. Atualmente, são pouco utilizadas. A cápsula gelatinosa dura é formada por dois corpos cilíndricos, pré-fabricadas (corpo e tampa), que se encaixam e cujas extremidades são arredondadas. Produzida com gelatina, semelhante a comum, ela se dissolverá no estômago. Elas não são feitas de plástico, como algumas pessoas acreditam e nem ficarão “grudadas” na garganta.
A opção pela cápsula se dá quando o volume a ser ingerido é muito grande, o que resultaria em um comprimido gigante. Essa forma também é escolhida pelas farmácias de manipulação que produzem pequenos lotes, inviáveis de serem produzidos em uma máquina de compressão. A cápsula de gelatina mole é constituída por um invólucro de gelatina, com vários formatos. Normalmente são preenchidas com conteúdos líquidos ou semi-sólidos, mas podem ser preenchidas também com pós e outros sólidos secos.
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