Presidente da Assecob destaca capacidade do setor de gerar emprego, renda e tributos
Enquanto outros segmentos da economia sofreram retração por conta da pandemia, a construção civil rumou no sentido inverso e experimentou expansão. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) estima um aumento de 35% nas vendas de imóveis em 2021, reflexo da procura por imóveis mais adequados para enfrentar a crise sanitária: pessoas que se mudaram da capital paulista para o Litoral, ou que mudaram para residências com espaço para home-office, por exemplo.
O presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), Ricardo Beschizza, faz uma avaliação positiva e indica uma perspectiva otimista para este ano, mas ressalta, como aspecto negativo, o aumento dos insumos. “Os materiais de construção aumentaram bastante nestes dois anos”, informa.
Beschizza destaca a importância do segmento como mola propulsora da economia, devido à quantidade dos empregos diretos e indiretos, “é emprego em carteira assinada na veia”, afirma. Ele destaca também a capilaridade do setor. “A cadeia produtiva da construção civil é muito grande, vai desde um prego até uma lâmpada, na entrega final da unidade. Isso gera muito emprego, muita renda, muito imposto”, ressalta.
Vacinação é fundamental
Segundo ele, a vacinação é fundamental para a retomada plena da economia. “A população vai poder circular mais e permitir uma movimentação na economia, no comércio e os serviços das cidades”.
O presidente da entidade destaca também a reformulação da Lei de Uso de Ocupação do Solo de Santos. “Estamos estudando e trabalho, junto com a Prefeitura, ajustes para melhorar a qualidade dos projetos e incentivar algumas regiões como, por exemplo, onde vai passar o VLT”, explica. Na sua avaliação, também é necessário rever os os níveis de proteção de alguns imóveis considerados de interesse histórico.
