O mundo parece que virou um caos. Por mais que surjam teorias pacifistas, a crise desponta sem controle, numa enxurrada de loucura e insensatez.
Muitas infâncias são cercadas de todas as possibilidades materiais, mas privada do carinho dos pais, porque eles estão nas lutas para a manutenção financeira da família ou, quando abastados, se furtam da convivência com filhos terceirizando a sua educação.
Corpos esculpidos em academias sofisticadas ou em caríssimas cirurgias de natureza estética, onde se busca a perfeição na ponta do bisturi.
Perfeição de fora e, dentro, graves transtornos do humor e da afetividade.
Buscando sair um pouco da histeria coletiva das ruas, liga-se a TV ou busca-se os canais da internet. Observa-se a quantidade de propagandas tentando convencer para adquirir esse ou aquele produto.
Em qualquer ambiente, o excesso de barulho nos furta um minuto de silêncio. Sirenes gritam lá fora, exigindo ruas livres para a polícia, os bombeiros ou ambulância.
Vem o desejo que numa manhã, tudo estivesse em silêncio. Ruas vazias, permitindo que as pessoas se encontrassem para o cultivo do diálogo fraterno.
Sentimos a falta de também falar de nossas angústias, de nossas buscas existenciais. Porém, quase todos o procuram para descarregar as próprias tensões.
[com base em psicografia de Marcel Mariano e na Redação do Momento Espírita]
Quem dera numa esquina dessas, Ele surgisse como outrora. Pés descalços, túnica impecável, cabelos soltos ao vento.
Nenhuma mochila às costas. Nenhum smartphone nas mãos. Fones de ouvido? Nem pensar! Ele viria caminhando pela calçada, conversando com um e com outro, até que os olhos dEle se fixariam nos seus.
Não lhe perguntaria o nome, não indagaria sua origem, não lhe interrogaria sobre os fracassos enfrentados nem desejaria saber sua profissão.
Ele simplesmente o abraçaria, giraria o corpo em direção contrária e caminharia com você em direção ao mar.
Ali se sentaria ao seu lado, na praia. E, por longos minutos, você e Ele ficariam lado a lado, absorvidos e extasiados pela majestade do oceano sem fim.
Ligeiro cochilo lhe retiraria desse mundo de barulho e frenesi. Quando sua consciência voltasse ao pleno funcionamento, Ele já não estaria ao seu lado.
Na areia onde Ele sentara, um verbete estaria para sua edificação:
“AME”.
Apenas isso.
Se estas 3 letras forem postas em ação, nossa vida terá outro sentido existencial.
…
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