Ambulatório em São Vicente oferece tratamento contra uso de cigarros eletrônicos
29/09/2022O uso do cigarro eletrônico se tornou febre entre os jovens, que não conhecer os riscos, e acham que o vapor com sabor é inofensivo e muito menos prejudicial à saúde do que a fumaça do cigarro. Poucos sabem que se trata de vapor de nicotina em concentrações muito mais altas do que as do cigarro convencional. Dez minutos de uso do cigarro eletrônico, na concentração mais baixa, corresponde a fumar 30 cigarros comuns (um maço e meio).
Para auxiliar quem deseja parar com o uso do cigarro eletrônico, São Vicente (SP) disponibiliza duas unidades do Ambulatório de Tabagismo (UBS Central – Av. Antônio Emmerich, 509 e UBS Ponte Nova – R. Salvador, 70).
Ambas contam com equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeira, psicóloga, dentista, auriculoterapeuta. Os grupos são de 15 tabagistas e duram quatro meses. São oferecidos tratamentos para a dependência física (medicamentos e repositores de nicotina); grupo terapêutico de apoio, para informar, conscientizar e tratar a dependência emocional, mental e comportamental, e fazer a prevenção de recaída.
A auriculoterapia ajuda na desintoxicação, tratamento de sintomas de abstinência, comorbidades, ansiedade, depressão e compulsão. Para se inscrever basta ir a essas unidades de saúde e deixar o nome na lista de espera para ser chamado quando iniciar um novo grupo.
Riscos
No Brasil, a lei não permite a produção e comercialização dos cigarros eletrônicos, mas seu uso não é crime e virou febre entre as pessoas, principalmente jovens, devido aos sabores e tecnologia. Existem, inclusive, casos de crianças que morreram por envenenamento após usarem os cigarros eletrônicos dos pais.
A dose de nicotina considerada potencialmente fatal para uma criança é de 10mg. Um refil comum de 5mL de líquido, na concentração de 18mg/dL, possui 90mg de nicotina, ou seja, nove vezes maior que a dose potencialmente fatal.