É comum comentarmos o que acontece de ruim conosco. Incrível é que despendemos muito tempo relatando, com detalhes, o ocorrido.
Reclamamos nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, na sala de café da empresa, nas conversas com a família e os amigos.
Quando ficamos indignados por algum acontecimento que se deu de forma totalmente contrária à nossa vontade, temos a capacidade de reprisar nossas falas, dezenas e dezenas de vezes.
Basta que alguém nos cumprimente, para começarmos nossa ladainha: –Soube do acidente? Viu a desgraça que a chuva provocou?
Por sermos assim, tão repetitivos, e reclamões, é que não somos felizes.
Proponhamo-nos, portanto, a sermos felizes. Podemos começar criando o hábito de, a cada noite, anotar em um caderno: “Pelo que devo me sentir grato, ou me sentir feliz por este dia?”
Mesmo em dias ruins, veremos que podemos agradecer por estarmos vivos, no planeta, por termos um teto sobre nossa cabeça, por termos uma cama para dormir, pelo prato de comida que nos saciou a fome.
Pela fruta que saboreamos há pouco. Pelo pedacinho de chocolate.
Coisas simples, mas tão importantes. Podemos agradecer pela roseira, que plantamos há tanto tempo, ter nos oferecido seu primeiro botão.
Podemos agradecer pelo filho que nos abraçou apertado e segredou ao ouvido: –Eu te amo.
Podemos agradecer por termos sobrevivido à pandemia, por termos um emprego.
Podemos agradecer pela audição, pelo paladar, pelo tato.
Já nos demos conta de que maravilha é o tato? Acarinhamos a rosa aveludada, alisamos o pelo macio do nosso cão, sentimos o calor da mão que envolve a nossa em amizade.
[com base em texto de Paula Abreu e na Red. do Momento Espírita]
Quantas coisas boas acontecem em nossas horas. O que parece é que batem na gente e não colam. São repelidas por nós.
Tão bom seria se aprendêssemos a reviver esses 5 minutos de felicidade celebrando e curtindo mais e mais.
Abramo-nos para a gratidão. Permitamo-nos reviver as coisas boas.
Lembrando e relembrando, vamos esmiuçando detalhes. Logo, aprenderemos como é simples ser feliz.
Na soma dos dias, teremos tantas coisas para lembrar, coisas que nos fizeram sorrir, ou rir descontraídos.
Coisas que nos alimentaram a alma, adoçaram as horas e massagearam a nossa alma.
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