Fronteiras da Ciência

A inveja

28/07/2023
A inveja | Jornal da Orla

Infelizmente, é muito comum as pessoas invejarem umas às outras.

Algumas apreciariam ter facilidade de se expressarem em público porque, afinal, para muitos isso parece tão fácil.

Outras gostariam de ser admiradas pela sua beleza, como tantas o são, parecendo atraírem os olhares onde quer que estejam.

Enfim, é um desfilar contínuo de desejos de ser como o outro, de ter o que o outro tem.

Uma cantora da TV americana teve oportunidade de narrar uma de suas experiências de vida.

Algo, diz ela, que lhe aconteceu em torno de seus 13 anos de idade e que influenciou definitivamente sua carreira e seu modo de ser.

Foi nessa época que ela recebeu a chance de realizar uma turnê por várias cidades americanas com uma famosa cantora.

Apresentando-se em ambientes fechados de igrejas, elas atraíam público sempre entusiasta.

Della afirma que toda vez que se apresentava dava o máximo de si.

Esquecia-se, de que estava cantando em templos religiosos e que deveriam ter o objetivo único de louvar ao Senhor.

Com o tempo, ela foi observando que o seu modelo, a famosa Mahalia Jackson inspirava ao povo sentimentos diferentes dos que ela conseguia. As pessoas a ouviam com respeito e assombro.

Qual seria o motivo, ela se perguntava.

Foi quando, em uma determinada localidade, encontraram uma garota, uma lavradora de tranças que cantava maravilhosamente.

Della, de imediato, ficou enciumada. Com certeza, ela seria preterida.

No entanto, quando manifestou seu mau humor e sua raiva para a famosa Mahalia, recebeu a lição, em poucas palavras:

Não se trata de cantar melhor, de sustentar por mais tempo as notas ou de alcançar tonalidades mais agudas. Trata-se de sentir a presença de Deus. Não estamos numa competição.

E concluiu: –Fique feliz por Ele ter chamado você. Mas, lembre-se de que você não é a única a quem Ele chamou.

Della afirma que jamais conseguiu cantar como cantoras extraordinárias que a inspiraram, mas conseguiu cantar como ela mesma, dar o que tinha de seu.

E considerou que a presença daquela mulher em sua adolescência foi a dose exata para que ela aprendesse a ser grata e valorizasse o que possuía.

[com base em artigo da revista Seleções e na Red. do Momento Espírita]

Todos trazemos a este mundo talentos que nos cabe aproveitar bem.

Cada um de nós está colocado estrategicamente em um lugar especial, para ali crescer e auxiliar os demais a crescerem.

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