Aquela menininha, diariamente, fazia o caminho para a escola sozinha e a pé.
Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras, ela seguiu em direção à escola.
Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempestade com muitos raios e trovões.
A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assustada.
Preocupada, entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempestade, para buscar a pequena, na escola. Não demorou muito e ela avistou a sua filha andando pela estrada.
Observou que, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria.
Outro e outro relâmpago. A garotinha parava, olhava para cima e sorria.
Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, perguntou:
–Filha, o que você estava fazendo?
E ela, alegre e despreocupada, respondeu:
–Eu estava sorrindo. Deus não para de tirar fotos minhas!
[com base em Allan Kardec e na Red. do Momento Espírita]
A inocência da infância. A lição da simplicidade de descobrir beleza em todas as coisas. De confiar em quem é o Criador de todo o imenso Universo, que está atento a tudo.
Pudéssemos nos recordar, em nossa vida, dos momentos mágicos da infância e nossa vida seria menos complicada.
Quando os temporais das adversidades nos chegassem, lembraríamos de que Deus tudo sabe e vela por nós.
Quando os ventos das inquietudes nos balançassem, recordaríamos de que nada de mal nos deverá ocorrer, que não seja do conhecimento de Deus.
E se Ele sabe, então, tudo está certo. Não haveremos de sofrer além do que esteja dentro das nossas necessidades.
Quando os relâmpagos das calúnias e das inverdades riscassem os céus dos nossos atos, teríamos em mente que não importa o que os homens digam. Deus sabe a verdade.
E nos preocuparíamos menos em nos defender e mais em prosseguir agindo de forma correta e digna.
Enfim, se os verdes anos da infância falassem em nossa vida, seguiríamos pelas veredas do mundo mais tranquilos.
Porque sempre teríamos em mente que o bem é superior ao mal, que é transitório e fugaz.
Que Deus é todo poder, bondade e sabedoria e tudo o que Ele faz traduz essas virtudes em grau infinito.
Finalmente, seguiríamos, pela estrada, confiantes de que nada escapa ao olhar profundo do Grande Arquiteto do Universo.
…
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