Fronteiras da Ciência

A inocência da infância

02/12/2022
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Aquela menininha, diariamente, fazia o caminho para a escola sozinha e a pé.

Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras, ela seguiu em direção à escola.

Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempestade com muitos raios e trovões.

A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assustada.

Preocupada, entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempestade, para buscar a pequena, na escola. Não demorou muito e ela avistou a sua filha andando pela estrada.

Observou que, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria.

Outro e outro relâmpago. A garotinha parava, olhava para cima e sorria.

Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, perguntou:

Filha, o que você estava fazendo?

E ela, alegre e despreocupada, respondeu:

Eu estava sorrindo. Deus não para de tirar fotos minhas!

[com base em Allan Kardec e na Red. do Momento Espírita]

A inocência da infância. A lição da simplicidade de descobrir beleza em todas as coisas. De confiar em quem é o Criador de todo o imenso Universo, que está atento a tudo.

Pudéssemos nos recordar, em nossa vida, dos momentos mágicos da infância e nossa vida seria menos complicada.

Quando os temporais das adversidades nos chegassem, lembraríamos de que Deus tudo sabe e vela por nós.

Quando os ventos das inquietudes nos balançassem, recordaríamos de que nada de mal nos deverá ocorrer, que não seja do conhecimento de Deus.

E se Ele sabe, então, tudo está certo. Não haveremos de sofrer além do que esteja dentro das nossas necessidades.

Quando os relâmpagos das calúnias e das inverdades riscassem os céus dos nossos atos, teríamos em mente que não importa o que os homens digam. Deus sabe a verdade.

E nos preocuparíamos menos em nos defender e mais em prosseguir agindo de forma correta e digna.

Enfim, se os verdes anos da infância falassem em nossa vida, seguiríamos pelas veredas do mundo mais tranquilos.

Porque sempre teríamos em mente que o bem é superior ao mal, que é transitório e fugaz.

Que Deus é todo poder, bondade e sabedoria e tudo o que Ele faz traduz essas virtudes em grau infinito.

Finalmente, seguiríamos, pela estrada, confiantes de que nada escapa ao olhar profundo do Grande Arquiteto do Universo.

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