Fronteiras da Ciência

A educação no lar

27/05/2022
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Existem pais que se esmeram na educação dos seus filhos. Não perdem nenhuma oportunidade. As mínimas coisas são motivo de ensinamento.

Lemos, recentemente, o depoimento de um executivo muito bem-sucedido.

Ele teve o prazer de ouvir da boca de um amigo:

-Gosto muito de vir à sua casa. É um lugar onde posso dizer tudo o que quero, com a certeza de que você não passará adiante.

Confessava o executivo que o elogio cabia muito mais à sua mãe do que a ele próprio.

Recordava-se de que, quando tinha mais ou menos 8 anos de idade, surpreendeu uma conversa entre sua mãe e uma amiga.

Ele brincava do lado de fora da janela aberta da sala, enquanto ambas conversavam. A senhora em questão, pesarosa, revelava coisas muito íntimas e sérias a respeito de seu filho.

Como toda criança, ele aguçou os ouvidos o quanto pôde para não perder nenhuma vírgula do relato. E, quanto mais baixava a voz a confidente, mais ele estendia as antenas da audição.

Quando a visitante saiu, sua mãe, que percebera que ele tudo ouvira, o chamou e lhe disse:

-Meu filho, se a Sra. Ana tivesse deixado a sua bolsa aqui, hoje, nós a daríamos a outra pessoa?

Prontamente, ele respondeu:

-Claro que não!

A mãe prosseguiu:

-Pois o que a Sra. Ana deixou hoje aqui é uma coisa muito mais valiosa do que a sua bolsa. Ela nos contou uma história cuja divulgação poderá prejudicar muita gente.

-Da mesma forma que a bolsa, ela não nos pertence. Por isso, não a podemos transmitir a ninguém. Não a daremos a quem quer que seja. Você compreendeu?

O garoto assentiu com a cabeça. E a lição lhe serviu para a vida. Ele cresceu, cultivando o respeito a quaisquer confidências de que fosse o ouvinte.

Até mesmo a bisbilhotices, fofocas que um amigo, cliente ou conhecido lhe trouxesse. Ali mesmo elas morriam; o que lhe valeu o respeito e a confiança de muitos.

Concluía o executivo dizendo que, por vezes, ao se surpreender prestes a passar adiante alguma coisa ouvida, imediatamente lembrava-se da bolsa da Sra. Ana e fechava a boca.

[com base em texto de Wallace L. Rodrigues e na Red. do Momento Espírita]

A vida é feita de oportunidades. A educação no lar é valiosa.

Quem investe na educação do filho, pode guardar a certeza de que ele poderá partir para longe, singrar os mares, voar pelo mundo, alçar o voo da notoriedade, mas as lições profundas, recebidas no lar, permanecerão como roteiro de vida.

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