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65 anos da Bossa Nova – 10/07/1958

07/07/2023
65 anos da Bossa Nova – 10/07/1958 | Jornal da Orla

Em 10 de julho de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente nos estúdios da gravadora Odeon, localizado na Cinelândia, o genial violonista e cantor João Gilberto revolucionou a Música Popular Brasileira.

Neste dia, ele gravou o seu primeiro 78 rotações, acompanhado pela Orquestra liderada por Antonio Carlos Jobim, cantando com seu violão, “Chega de Saudade” no lado A e “Bim Bom” no lado B. Pode ser considerado como o primeiro documento fonográfico com o quadro estético da Bossa Nova.

O disco foi lançado em agosto de 1958 e sem dúvida alguma, esta gravação deu origem ao que chamamos de Bossa Nova, hoje de caráter universal e patrimônio cultural da humanidade.

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É bom destacar também, que o mesmo samba de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes já havia sido gravado alguns meses antes, no também importante LP “Canção do Amor Demais”, da cantora Elizete Cardoso. Neste disco, as músicas “Chega de Saudade” e “Outra Vez”, contaram com a mágica levada no violão de João Gilberto e ali já pudemos constatar o que ele era capaz de fazer.

No ano seguinte, em 1959, João Gilberto lançou finalmente seu primeiro LP como líder e o nome não poderia ser outro, “Chega de Saudade”. Depois disso, a música brasileira nunca mais foi a mesma.

O cenário e a ambientação para tanta inspiração não poderiam ser mais perfeitos: a incrível década de 50, a belíssima orla da praia da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, o incrível “Beco das Garrafas”, os diversos bares localizados na zona sul, sempre oferecendo uma excelente música ao vivo, os seus hotéis, sua boêmia, sua gente, seus músicos e artistas.

E neste momento de questionamentos dos valores morais e éticos, de uma intensa crise política e social que estamos passando na atualidade, a Bossa Nova é a prova de que o Brasil pode dar certo.

Na verdade, ela deu muito certo e levou o nome do nosso país para todas as partes do planeta e por incrível que pareça, apesar da pouca repercussão da mídia, continua até os dias de hoje, sendo admirada, cultuada e recriada. É nossa, genuinamente brasileira, digna de um orgulho enorme.

Pode ser definida simplesmente, como forma de execução do samba e sua batida característica é inconfundível, imortal, capaz de preencher nossas almas e corações, de uma infinita alegria.

Parabéns Bossa Nova, sempre nova até no nome. E principalmente na sua essência, que se renova a cada dia. Vamos celebrar os seus joviais 65 anos! Eterna e atemporal Bossa Nova!

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