Pesquisa realizada pelo Instituto DataOrla revela que 63% dos santistas são contra a descriminalização do aborto em qualquer situação. A maioria, no entanto, é favorável ao aborto em casos já permitidos pela legislação brasileira, como estupro, risco à vida da mulher ou de má formação cerebral do feto.
Foram realizadas 800 entrevistas presenciais (460 mulheres e 360 homens) entre os últimos dias 5 e 8, em um trabalho coordenado pelo cientista político Jairo Pimentel, diretor do DataOrla.
Para o levantamento foram observados critérios estabelecidos pelo IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%.
Diferença de opinião entre homens e mulheres está dentro da margem de erro
Os homens que são contra a descriminalização do aborto em qualquer situação representam 66% dos entrevistados, número superior ao das mulheres, que somam 61%, mas dentro da margem de erro.
É possível concluir, portanto, que a maioria das pessoas entrevistadas, independentemente de gênero, se mostra favorável à atual legislação, que só permite o aborto em situações especiais.
Evangélicos são os que mais rejeitam
O fator religião tem grande influência sobre o tema. Os evangélicos, por exemplo, são os que mais rejeitam a descriminalização do aborto em qualquer circunstância. Nada menos do que 78% dos entrevistados disseram ser contra. Entre os católicos a rejeição é de 63%, entre os espíritas de 57% e entre os que se declaram de outras religiões o número é de 52%.
De todo modo, a maioria dos entrevistados, independentemente de sua religião, é contra a descriminalização do aborto em qualquer situação.