Desde o começo do mês, a Anatel liberou a instalação da tecnologia 5G em todo o país após a chegada da faixa de 3,5GHz para os 190 municípios que ainda não haviam cobertura. O desbloqueio, que era previsto apenas para o final de 2026, chegou com catorze meses de antecedência.
A tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. Um arquivo de 5G pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema. A TIM foi a primeira operadora a oferecer o sinal 5G puro em Brasília.
Porém, estar disponível não significa que as cidades terão, a nova tecnologia. Um levantamento recente feito pela Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas de telecomunicações, revelou que apenas 1.019 cidades do país têm torres e antenas aptas para receber a rede avançada. A tecnologia 5G só avança se houver infraestrutura adequada para tornar viáveis as ligações.
Um projeto marcante para isso é a criação das chamadas infovias, “estradas digitais” com cabos de fibra óptica instalados nos leitos dos rios da Amazônia. As infovias são capazes de transportar alto volume de dados, ampliando a oferta de banda larga em municípios de difícil acesso.
A primeira antena de internet móvel da quinta geração foi instalada no país em julho de 2022, o sinal mais veloz chegou a 589 dos 5 570 municípios brasileiros, permitindo que 28 milhões de pessoas acessem a tecnologia, a maioria delas habitante das capitais ou das grandes cidades. O Brasil passou a ocupar a 45ª posição no ranking global de velocidade de download.