Santista Beth Gomes brilha e conquista ouro no lançamento de disco na Paralimpíada
30/08/2021Um dia para entrar na história do esporte santista. Nesta segunda-feira (30), a atleta Beth Gomes (Fupes) faturou a medalha de ouro, no lançamento de disco – classe F53, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Uma conquista para coroar a carreira vitoriosa e de superação da santista de 56 anos, que ainda foi acompanhada pela quebra do recorde paralímpico e do mundial (pela segunda vez).
A santista chegou a Tóquio como grande favorita e não decepcionou. Afinal, em 2019 ela sagrou-se campeã mundial em Dubai e parapan-americana, em Lima, no Peru. O pódio paralímpico ainda teve dobradinha ucraniana, com Iana Lebidiesva ficando com a prata, e Zoia Ovsii, com o bronze.
Lebidiesva fez um lançamento de 15,48 metros. Beth, em seu primeiro arremesso, já ultrapassou a ucraniana, com 15,68 metros. Mas, ela queria mais e continuou evoluindo nos arremessos. No seu último lançamento fez 17,62 metros, estabelecendo um novo recorde mundial, que já era dela. O recorde paralímpico também foi batido com folga: era de 13,39m.
Beth Gomes é a atleta mais velha da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos. Diagnosticada com esclerose múltipla aos 27 anos, ela já havia disputado a competição, em 2008, em Pequim, pelo basquete. Após um surto da doença, ela precisou deixar a modalidade, mas não desistiu do esporte. Entrou para o atletismo e voltou a brilhar no lançamento de disco, classe F54. Após novo surto, ela precisou ser reclassificada, mas mesmo assim seguiu se destacando.
Nos Jogos do Rio de Janeiro – 2016, ela teve a frustração de ver sua categoria ser retirada da competição. Treinou incansavelmente durante cinco anos, sendo coroada agora com a maior conquista do esporte paralímpico. A sua história de superação lhe rendeu o apelido de “Fênix”.
SANTISTA APAIXONADA
Apaixonada por Santos, onde nasceu, Beth se tornou servidora pública municipal, defendeu a Cidade ao longo de toda carreira esportiva e agora realiza também o sonho de trazer a medalha para a Cidade, como afirmou antes de embarcar para Tóquio. “Santos significa tudo para mim, desde antes de eu me tornar deficiente. Já são 25 anos dentro do esporte e eu não troco minha Cidade por nada”, declarou.