O Cemitério da Filosofia (Pça. Ruy de Lugo Viña s/nº, Saboó) passará a contar com lóculos destinados a obesos. As novas carneiras (campas verticalizadas) integram o projeto de reconstrução do Jazigo 1. No total, estão sendo construídos 540 lóculos, 60 a mais do que tinha anteriormente. As novas instalações devem ser entregues em janeiro.
O Jazigo 1 foi erguido nas primeiras décadas do século passado, sendo posteriormente ampliado e corria o risco de desmoronamento, de acordo com Carlos Eduardo Silva, o Jarrão, coordenador dos cemitérios. Ele começou a ser demolido no último dia 2 e a remoção dos entulhos será finalizada neste mês, dependendo das condições climáticas.
Com 480 lóculos construídos com tijolos e sem cimento, o Jazigo 1 do Cemitério da Filosofia ocupava 500 metros lineares e tinha forma de ‘L’. Era localizado à direita da Capela Nossa Senhora da Piedade, junto ao muro divisório com a Rua Pio XII.
“A demolição e os nomes dos ocupantes dos lóculos foram publicados no Diário Oficial em duas ocasiões”, explicou Jarrão, lembrando que foram feitos também contatos por telefone e por carta, com Aviso de Recebimento (AR), em um trabalho que durou seis meses. As lápides dos túmulos e os despojos, devidamente identificados e retirados manualmente, estão guardados. O Jazigo 1 não contava com lóculos perpétuos.
NOVO JAZIGO
O novo jazigo, com três metros de altura e cinco andares – um a mais do que havia -, será construído com laje estrutural radier, que distribui melhor o peso e não corre o risco de apresentar recalque, conforme frisou Eliseu Gonzalez Cação, engenheiro da Secretaria de Serviços Públicos, responsável pela obra. Haverá sistemas de captação do chorume e de drenagem do gás metano com filtro de carvão ativado, materiais provenientes da decomposição dos corpos.
A quantidade de lóculos destinada a obesos será definida no projeto executivo, após avaliação de demanda. Atualmente, o Cemitério da Areia Branca conta com cerca de 800 túmulos para obesos e o do Paquetá, seis.
