Marlene é uma senhora de sessenta e três anos de idade que, até há pouco, não sabia ler e escrever.
Na infância, precisou abandonar a escola para ajudar no plantio na propriedade rural da família.
Ao longo da vida, a vontade de aprender a ler e escrever não a deixou, mas as responsabilidades com a família fizeram com que sempre tivesse que adiar a concretização desse sonho.
Em decorrência da pandemia da COVID-19, Marlene viu sua rotina alterada de forma acentuada.
A tristeza a envolveu por não lhe ser permitido visitar seus amados filhos e netos.
A filha, percebendo o estado emocional da mãe, passou a levar seu filho de sete anos, todas as tardes, para a casa da avó.
Eduardo tinha aulas “on-line”, nesse período. Dessa forma, seria possível unir as horas de estudo e fazer companhia para a avó.
Foi, então, observando os estudos do neto, que Marlene pensou que poderia aprender a ler.
Com o menino, começou a assistir as aulas e a fazer as lições. Logo, providenciou o seu próprio material escolar.
Os meses a transformaram numa aluna regular que, dedicada e atenta, participa das aulas.
Neto e avó, além do amor que os une, formaram uma dupla de estudantes dedicados.
[com base em texto do site www.sonoticiaboa.com.br e na Redação do Momento Espírita]
A pandemia trouxe profundas mudanças em nossas vidas. Mudanças das quais podemos buscar extrair o melhor.
Talvez o nosso não seja o caso de nos alfabetizarmos, porque as letras não são segredo para nós. No entanto, podemos nos dedicar a aprender algo que não saibamos. Escolher um curso que nos melhore a condição intelectual.
Ou que nos possibilite o aprimoramento da própria atividade profissional. Quem sabe, o aprendizado de outro idioma.
Podemos, ainda, estabelecer uma rotina em que nos dediquemos à leitura de livros há tanto tempo nos aguardando nas prateleiras.
Ou assistir bons filmes, que nos renovem a disposição de viver.
Existem tantas opções, dos mais variados gêneros.
Podemos pensar em renovar a pintura de um dos cômodos da nossa casa. Uma ideia que tínhamos há muito e não dispúnhamos de tempo para realizar.
O importante é termos um olhar diferenciado para este período que nos exige isolamento social e aproveitá-lo da melhor forma.
Podemos nos transformar em divulgadores do bem, servindo-nos das redes sociais para espalhar mensagens de esperança e bom ânimo, incentivando familiares, amigos e vizinhos a não esmorecerem, neste período.
Podemos participar de alguma campanha de auxílio ao próximo.
Em vez de nos sentirmos tristes, saibamos extrair desse contexto um novo e feliz olhar para a vida. Em vez de nos sentirmos tolhidos em nossas ações, aproveitemos estes momentos para reflexões sobre nós mesmos e nossa espiritualidade, transformando as restrições em acréscimo de aprendizado.
Busquemos extrair da situação oportunidades de melhoria própria.
Descubramos como tudo que nos acontece tem razões que contribuem para o nosso engrandecimento moral.
Se tivermos suficiente sabedoria, nos daremos conta de que de todas as circunstâncias da vida, por mais difíceis nos pareçam, podemos tirar belas lições.
Aprendamos com a vida e com tudo que nos acontece.
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE