Todo mundo sabe (ou deveria saber) que o tabagismo aumenta o risco de ocorrer câncer de pulmão — 80% dos casos ocorrem em fumantes. O problema são os 20% restantes, que, por não terem o vício, acreditam estar imunes à doença, que é o segundo tipo de carcinoma mais comum no Brasil.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado). Quanto mais tarde a doença é descoberta, mais delicado o tratamento e maiores os riscos de a pessoa morrer.
O câncer de pulmão em não-fumantes se desenvolve por uma série fatores: exposição passiva ao tabaco, doenças pulmonares, histórico familiar de câncer de pulmão, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás radônio e amianto — encontrado em locais de atividades de mineração e avanço da idade.
Sintomas
Tosse persistente ou com sangue, falta de ar, dor no peito, rouquidão, fadiga, perda de peso, perda de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco e, nos fumantes, ritmo habitual da tosse alterado com crises em horários incomuns são sinais de atenção.
Fôlego pela vida
A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, ressalta que o diagnóstico precoce é a maneira mais efetiva de evitar o pior. A detecção do câncer de pulmão é feita com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.
“A falta de diagnóstico precoce já era um problema antes da pandemia. Precisamos enfatizar a importância de manter as consultas em dia, mesmo durante o distanciamento social”, afirma. Ela ressalta também a importância de não se interromper o tratamento. “O tumor evolui rapidamente de um estágio para o outro”.
Neste domingo (1º) será celebrado o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão, com uma campanha cujo slogan é “Fôlego para a Vida”.