A pandemia nos trouxe um misto de dúvidas, medo e principalmente, insegurança econômica. Nossa região, como várias outras, ficou estagnada durante muito tempo, o que deu margem a perdas significativas por parte de empresas de todos os portes. Ao mesmo tempo, vimos algumas se reinventarem, outras tradicionais, quebrarem. Nesse ambiente incerto, algumas iniciativas têm se destacado, como por exemplo, o surgimento de movimentos voltados à coleta e distribuição de cestas básicas, agasalhos ou até mesmo, universidades oferecendo atendimento à saúde mental.
Quero destacar aqui o trabalho e o desempenho de alunos da Fatec Praia Grande, da área de Gestão Empresarial, que se imbuíram em realizar pesquisas significativas para levantar algumas necessidades urgentes entre os moradores da cidade. Assim, surgiu dentro da matéria de Projeto Integrador, quatro ideias relevantes de projetos que podem ser avaliados como de interesse metropolitano, tal a sua abrangência. Um deles, denominado Ecotec, destina-se a educar crianças em relação à destinação correta de pilhas e baterias, assunto relevante, mas que carece de uma divulgação mais adequada a fim de atingir e mobilizar pessoas para que descartem corretamente tais objetos. Os integrantes da equipe criaram uma cartilha, improvisaram coletores com caixas de leite/suco, de forma a facilitar o entendimento e a armazenagem adequada até o descarte no local correto (Ecoponto ou logística reversa. Tal projeto foi apresentado ao deputado estadual Caio França, que se comprometeu em levar adiante a proposta, de tal forma que possa ser implantada no Estado de São Paulo.
Um outro grupo se encarregou de pesquisar a coleta e a reciclagem de papéis, assim como, a transformação em cadernos de papel reciclado, em ambos os grupos, foi identificada a grande necessidade de uma divulgação mais abrangente para que realmente os moradores se comprometam e se mobilizem para atender ao chamado. De uma outra forma, também se torna necessária uma contrapartida por parte das empresas que coletam tais materiais, o que poderia ser feito através da doação de equipamentos para escolas (computadores, impressoras, lousas digitais, etc).
Dois outros grupos discutiram a implantação de um restaurante “Bom Prato” na cidade, tendo em vista o grande contingente de pessoas em vulnerabilidade social e financeira, e a instalação do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que atenderia as pessoas que diariamente se comprimem nos ônibus urbanos para se dirigirem às cidades de Santos e São Vicente para trabalhar. Para nossa felicidade, no dia 10/06, foi assinado o protocolo de intenções para instalação do “Bom Prato”. Quanto ao VLT, os estudos continuam, pois será necessário obter vários licenciamentos e o financiamento adequado, além de um estudo mais aprofundado do trajeto a ser percorrido.
Essas iniciativas deveriam se tornar prática comum entre universidades e o poder público, onde ambas as entidades poderiam discutir a viabilidade de projetos, assim como, a sua implantação, a partir da formalização de parcerias e do estudo de possíveis contrapartidas.
Aproveito este artigo para agradecer o empenho, a criatividade e a dedicação das seguintes pessoas:
Viviam Ester de Souza – coordenadora do curso de Gestão Empresarial
Projeto Ecotec
Washington Roberto da Silva Romão
Michelle Aparecida Novaes de Oliveira
Maria José Moreira Colasso
Julye Anne Santos Carvalho
Nayara Batista dos Santos Lagos
Robson de Souza Ramos
Reciclagem de papel
Jamily Tiemi Domingos Tagawa –
Silvia Nascimento de Abreu –
Rafael dos Reis Ferreira –
Projeto VLT
Mara Aparecida Rodrigues
Agnes Lins Boeno
Beatriz Almeida Santos
Ana Clara Dias de Almeida
Projeto Bom Prato
Michelle Aparecida Novaes de Oliveira
Giselle Castellano Lima
Rafael Santos Fegueredo
Ana Beatriz Rodrigues dos Santos
Ana Dayana Leite Brasileiro
Andressa Pereira da Silva Cruz
Agradecimentos também para:
Adriana Marino Nóbrega Marciano – aluna idealizadora do projeto de um aplicativo que une UBER e PCD’s.
Vereador Rodrigo Rosário, que abriu as portas para discussão sobre a implantação do Bom Prato
Deputado estadual Caio França, que incentivou a implementação do projeto no Estado de SP.
(1)(2).jpeg)
* Djalma Moraes é professor, escritor, consultor na área de RH e membro da ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos – Regional Baixada Santista. Site www.mqs.com.br, e-mail [email protected]
