FELIPE STREPARAVA é um cantor que arrasa no sertanejo pop, mas também arranca aplausos com o sertanejo de raiz. Tem 7 anos de carreira como cantor e é dono de uma voz que desperta a atenção de tão forte e possante que é. Como a maioria dos aquarianos é livre e líder e como tal brilha nos palcos.
De coração, qual a sua preferência musical? O sertanejo pop ou de raiz?
Desde pequeno eu sempre curti as modas bem antigas. Eu vivi pescando, me criei no mato. Cresci escutando modão, mas na minha adolescência, nos anos 90, o rock ficou muito forte, e comecei na rebeldia do rock. Tive uma banda cover da Raimundos, chamada Rabugentos e também toquei com outras do cenário nacional, como Raimundos e Charlie Brown.
Na Baixada, você já cantou em vários lugares, não é mesmo?
Sim, Santos é muito grande, dá muitas oportunidades na variedade de casas. Tem tantas que não se consegue tocar em todas.
O pessoal de Santos gosta muito da música sertaneja?
O sertanejo, independente de ser no litoral, traz a simplicidade das pessoas, e aqui tem história, sempre tem um parente do Interior, pai e mãe que vêm de lá, então, acho que por isso toca no coração de todos.
Uma vez ouvi você dizer que o sertanejo é machista.
Falei isso numa entrevista, não lembro aonde foi, mas, na época a mulherada não tinha ainda entrado no cenário, mas, agora é feminista.
Agora você acha que as mulheres vieram para ficar?
Já estava mais do que na hora. Se voltarmos a um tempo atrás, só tínhamos Roberta Miranda, irmãs Galvão e Marília Mendonça, que foi a grande propulsora. Eu me sinto feliz por ter ajudado uma grande cantora aqui da região, a Yasmin Santos, que é do Guarujá e hoje está tocando no Brasil inteiro.
Você começou a tocar violão com que idade?
Eu tinha de 13 para 14 anos. Vi os amigos tocando na rua e comecei a tocar. Na verdade, por causa dos anos 90, época que o Rock Pop era o sonho dos adolescentes.
Você tem algum ídolo?
Eu surgi quando o Bruno e Marrone já cantavam e tocavam. Eu cantava em churrascos, em festa de amigos sertanejos, mas, eu ainda não tinha me profissionalizado. Senti, então, que minha voz tinha uma rouquidão natural, que eu não faço para copiar, é uma coisa minha. Então, comecei a cantar, cantar e aí estou há dez anos, só no sertanejo.
Tem algum lugar que você ainda não cantou e quer cantar?
Eu não faço questão de A, B ou C, quero estar onde as pessoas me recebem bem. Eu posso estar em Barretos, por exemplo, mas será que o clima vai estar bom, as pessoas vão estar de braços abertos? Se a energia estiver boa eu estou feliz. Podem ter duas pessoas na plateia ou mil no show, para mim é a mesma coisa, canto com a mesma intensidade.
Os jovens, em baladas, estão empolgados com o sertanejo?
O sertanejo virou o rit do momento. Mudou muito, veio com suas mutações e chegou ao ponto atual, modernizado. Agora, até se fala de WhatsApp nas músicas.
E nesta pandemia, como fica a história dos cantores?
A pandemia é ruim, muita gente passando necessidade. Eu lembro que no começo teve até uma mobilização para ajudar os músicos. Muita gente passou dificuldade.
E as lives?
Eu fiz duas ou três, mas não dava retorno financeiro. É muito frio, queremos passar emoção, mas, é muito impessoal olharmos para uma tela.
Dose certa
O Projeto Tia Egle, que por conta da pandemia desenvolve ações beneficiando os moradores da comunidade local, promove Feijoada Solidária, dia 27, às 13h, no Nosso Bar History Santos, à Rua Gonçalves Dias, 16, no Centro. Além do consumo, neste local (R$60), haverá o sistema drive thru (R$60) e delivery (R$65). Vamos colaborar.
O crítico de cinema Waldemar Lopes faz a palestra “Filmes que retratam a Superação”, no próximo dia 26, das 14 às 16h, na 6a. edição do Santos Film Fest , que acontece de 22 a 29 deste mês.
E, no dia 20, com o selo do Santos Film Fest, lança a segunda edição, totalmente repaginada, agora de bolso, do livro “Grandes Interpretações do Cinema Brasileiro”.
O médico e pianista Eduardo Paulino faz uma live no YouTube, neste sábado, dia 19, às 19h, ao lado da cantora Helga Nemetik. Sem dúvida, darão um show de interpretação com muito talento, em benefício da Casa da Esperança.
Eduardo merece aplausos, porque além de suas atividades normais, se dedica a cultura, sempre à frente da Pinacoteca Benedicto Calixto e a várias obras assistenciais.
Expectativas
Quando criamos expectativas sobre alguma coisa ou atitudes de alguém…nada acontece. Esperarmos menos dos acontecimentos e das pessoas é mais saudável. Não nos decepcionamos, e sim, trocamos a decepção pela surpresa e é sempre uma emoção agradável.
A precipitação não leva a lugar algum; o bom é deixarmos espaço para que as coisas aconteçam, cada uma no seu tempo. Não esperar que os outros façam o que nós faríamos, também é um bom caminho. Estarmos abertos para recebermos tudo o que o Universo nos oferece é melhor ainda.
Promessas, além de serem em vão, conduzem à frustração. Quando percebemos que o êxtase dos momentos felizes provém da ausência de preocupações…tudo melhora.
Quando não resistirmos e criarmos as tais expectativas, procuremos ser maiores do que elas. Se nós as criamos, também podemos superá-las.